domingo, 30 de maio de 2010

VIDA A DOIS

Ontem fui a uma festinha, um “chá de panelas”, a festa que precede de alguns dias um casamento, a união de dois jovens para a vida. No meio de tantas pessoas, amigos e familiares de tanta musica, risos, brincadeira, eu me surpreendi meditando (pensando na longa estrada de quase 46 anos que eu já percorri com o meu querido companheiro), quanta estrada aqueles jovens ainda têm a percorrer: as dificuldades que ainda terão de enfrentar antes que venha o entendimento, dificuldades de ordem financeira, adaptação de caráter, quantas noites sem dormir quando vierem os filhos, o trabalho que nem sempre corresponde ao que se sonha, as renuncias que terão de fazer para os “ajustes” necessários na vida a dois, o tédio dos dias sempre iguais, etc.
Mas também, quanta coisa linda nessa fusão não só de corpos mas de almas: quantas maravilhosas noites de amor, quantos olhares de cumplicidade, quantos apertos de mão de apoio e compreensão, quantas palavras que valem uma vida, quanta alegria no sorriso de uma criança, vê-la aprendendo a falar, andar, se conduzir pela vida, e fazendo isso juntos, dando àquela criança um pouco de nós, e , concluí que , sim,vale a pena, que a união dos casais só pode ser abençoada por Deus, a família é o nosso porto, o nosso sossego, o amor é a finalidade da nossa vida, e não obstante tantas uniões desfeitas, tantas famílias sofrendo, vale a pena, sim, lutar pela família, pela sua continuidade, pela sua reabilitação.
Aquele companheiro (a) é único para mim. Não há beleza, riqueza, nível social que tenha mais valor do que aquela pessoa que vive ao meu lado, que me conforta, me suporta, me ama.
Lembro uma musica antiga do Luís Gonzaga que tentarei recordar os versos:
Minha velha tão querida, proteção da minha vida,
Vale muito mais que ouro, porque ela é meu gibão de couro.
Nas antigas batalhas romanas a armadura era forte proteção,
Defendia o homem batalhador contra os ataques do mais forte contendor.
No meu ranchinho a armadura é o gibão de couro, o forte gibão
Vale muito mais que ouro...
Nas modernas lutas desta vida a esposa representa o gibão
Apoiando o homem trabalhador,
Defendendo o lar, briga pelo seu amor.
No meu ranchinho o gibão é a companheira, boa e querida
Minha honesta conselheira.

Desejo que o Paulinho encontre sempre na Sherida um “gibão de couro”, amoroso, compreensivo, seguro.E vice-versa.
TUDO SOB AS BENÇÃOS DE DEUS!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O Sinal da Cruz

O SINAL DA CRUZ                    



É comum vermos as pessoas ao passarem por uma igreja ou cemitério, ou até mesmo após sentirem um arrepio pelo corpo, fazerem o Sinal da Cruz.
O estranho é que a grande maioria o faz simplesmente por tradição ou por ter aprendido ainda criança sem ter sequer a noção do significado, sem o menor compromisso com a religião, mas, convenhamos, há naquele gesto uma atitude de respeito, de confiança.
Recebi de uma amiga o texto com a explicação do que realmente significa o Sinal da Cruz e publico aqui porque é importante que todos nós saibamos que ao fazê-lo, estamos nos dirigindo `a Santíssima Trindade. Estamos,portanto, invocando sobre nós, as bençãos de Deus.

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(†)-Pelo sinal da Santa Cruz, (†) livrai-nos Deus, Nosso Senhor, (†) dos nossos inimigos, (†) em nome do Pai, do Filho

e do Espírito Santo. Amém.

Quantas pessoas fazem o Sinal da Cruz, ou como se costuma dizer, o “Pelo Sinal” antes das orações, ou pelo menos
uma vez ao dia?
A impressão que temos é que o número é bastante reduzido, especialmente entre os mais jovens.
A maioria faz, e às vezes de modo displicente, como um salamaleque, o “Em nome do Pai”, ficando apenas no gesto,
sem invocar a Santíssima Trindade.
O Sinal da Cruz é uma oração importante que deve ser rezada logo que acordamos, como a nossa primeira oração,
para que Deus, pelos méritos da Cruz de Seu Divino Filho, nos proteja durante todo o dia.
Com este Sinal, que é o sinal do cristão, nós pedimos proteção contra os nossos inimigos.
Que inimigos?
Todos aqueles que atentem contra a nossa pessoa, para nos causar tanto males físicos, quanto espirituais.
O Sinal da Cruz, feito antes de iniciarmos as nossas orações, nos predispõe a bem rezar.
† Pelo sinal da Santa Cruz: ao traçarmos a primeira cruz em nossa testa, nós estamos pedindo a Deus que proteja
a nossa mente dos maus pensamentos, das ideologias malsãs e das heresias, que tanto nos tentam nos dias de
hoje e mantendo a nossa inteligência alerta contra todos os embustes e ciladas do demônio;
† Livrai-nos Deus, Nosso Senhor: com esta segunda cruz sobre os lábios, estamos pedindo para que de nossa
boca só saiam palavras de louvor: louvor a Deus, louvor aos Seus Santos e aos Seus Anjos; de agradecimento
a Deus, pois tudo o que somos e temos são frutos da Sua misericórdia e do Seu amor e não dos nossos méritos;
que as nossas palavras jamais sejam ditas para ofender o nosso irmão.
† Dos nossos inimigos – esta terceira cruz tem como objetivo proteger o nosso coração contra os maus
sentimentos: contra o ódio, a vaidade, a inveja, a luxúria e outros vícios; fazer dele uma fonte inesgotável
de amor a Deus, a nós mesmos e ao nosso próximo; um coração doce, como o de Maria e manso e humilde
como o de Jesus.

Padre Marcelo Rossi

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Que desça sobre vós o Espírito Santo



24 de Maio
Há alguns dias não entro em contato, e já estou com saudades. Inicio rogando sobre todos vocês, as luzes do Espírito Santo, cuja festa a Igreja Católica comemorou ontem, o Pentecostes.

Queria escrever algo mais serio sobre os dons mas gostei tanto desse texto da Wikipedia que decidi mandá-lo para que vocês tomem conhecimento. Descrito de forma simples e despretensiosa, por pessoa simples mas de fé segura, merece toda a nossa atenção.

Um beijo para todos.



“Para isso vale a pena, recorrer ao depoimento de um lavrador já octogenário da ilha Terceira, Açores, chamado Gregório Machado Barcelos, recolhido em 1996 por José Orlando Bretão. Nele encontra-se, vertida no sabor do vernáculo popular e da tradição oral[1], toda a súmula doutrinária e de bom comportamento social que tem por centro e por representação o Espírito Santo. Aquele idoso, quando lhe foi perguntado o que sabia acerca dos dons do Espírito Santo, utilizando a linguagem e os conceitos típicos do culto ao Divino nos Açores, respondeu[2”]:


É bom que o senhor me pergunte, porque acho que na cidade falam, falam e acertam pouco. Sem ofensa, até acho que não sabem nada, de nada. Mas eu digo como é que meu pai dizia e o pai dele lembrava muitas vezes como era. Eu digo que os dons do Espírito Santo são sete e são sete porque é assim mesmo, é um número que vem dos antigos, como as sete partidas do Mundo ou os sete dias da semana e não vale a pena estar a aprofundar muito porque não se chega a lado nenhum e só complica. E o primeiro dom do Espírito Santo é a Sabedoria – é o dom da inteligência e da luz. Quem recebe este dom fica homem de sabença. Os apóstolos estavam muito atoleimados e cheios de cagança e veio o Divino que botou o lume nas cabeças deles e eles ficaram mais espertinhos. Depois vem o dom do Entendimento. Este está muito ligado ao outro, mas aqui, quer dizer mais a amizade, o entendimento, a paz entre os homens. Este é assim: o Senhor Espírito Santo não é de guerras e quem tiver pitafe dum vizinho deve de fazer logo as pazes que é para ser atendido. E o terceiro dom do Espírito Santo é o do Conselho – o Espírito Santo é que nos ilumina a indica o caminho. É a luz, o sopro ou seja, o espírito. É por isso que tem a forma de uma Pomba, porque tudo cria e é amor e carinho. O quarto dom é o da Fortaleza, que vem amparar a nossa natural fraqueza – com este dom a gente damos testemunho público, não temos medo. Quem tem o Senhor Espírito Santo consigo tem tudo e pode estar descansado. Depois vem o dom da Ciência, do trabalho e do estudo. O saber porque é que as coisas são assim e não assado. É não ser toleirão nem atorresmado como muitos que há para aí. O senhor sabe! O dom da Piedade e da humildade é o sexto dom. Quer dizer que o Senhor Espírito Santo não faz cerimónia nem tem caganças. Assim os irmãos devem ser simples e rectos. E depois, por derradeiro, vem o sétimo dom que é o Temor mas não é o temor de medo. É o temor de respeito – para cá e para lá. A gente respeita o Espírito Santo porque o Senhor Espírito Santo respeita a gente. Temor não é andar de joelhos esfolados ou pés descalços a fazer penitências tolas: é fazer mas é bodos discretos com respeito mas alegria que o Espírito Santo não tem toleimas nem maldades escondidas. É isto que são os sete dons do Espírito Santo e o senhor se perguntar por aí ninguém vai ao contrário, fique sabendo. “

terça-feira, 18 de maio de 2010

" Lá vem ela"!

Quando ela chegava lá em casa (a casa dos meus pais), minha mãe já ficava aflita, pois ela tinha o "dom" de deixar as pessoas perturbadas com o seu jeito de pedir. Carente de tudo, ela pedia roupas, calçados, remedios, alimentos, dinheiro, tudo de uma só vez . Recebia uma coisa e já arranjava outra para pedir.
Meus pais eram profundamente sensíveis às necessidades dos outros e do pouco que tinham davam sempre um jeito de repartir com quem precisava, mas tambem eram idosos, cansados e das dezenas de pessoas a quem eles ajudavam ela era realmente a mais "pesada".
Com o passar do tempo nos acostumamos e quando um de nós, os que já tinham sua propria casa, vinha para uma visitinha aos pais,e tocava de sorte encontrá-la ali, aí era a "festa", pois ela se voltava para o visitante e recomeçava a sua cantilena.
Uma vez na hora que ela ia chegando um dos meus irmãos estava saindo para o trabalho e ela começou: me dá um dinheirinho, me dá um vestido, me dá, me dá, me dá... e ele apressado, dizendo que não tinha nada pra ela e como estivesse com os olhos irritados tirou do bolso um vidro de colírio para usar e enquano usava ela chegou e disse: "me dá"... ele nem a deixou terminar e disse: menina, isso é colírio!! Ela não se descompôs. Puxou a pálpebra inferior, arregalou o olho e disse: "pinga uma gotinha aqui"!
Eu algumas vezes lembrava dela e quando ia à casa dos meus pais levava roupas, calçados, enfim, alguma coisa já usada mas em bom estado de conservação e que servisse para ela. Certa vez dei uma sacola cheia de roupas e ela ao invés de se alegrar com o que estava recebendo falou: "me dá um sapato"! Eu já era acostumada e respondi: ok, eu dou. "E uma bolsa, tu me dás"? E eu: dou, sim, e lá vem ela com esta jóia: "mas com um dinheirinho dentro"!
Assim era ela. O tempo passou, meus pais se foram, nossa casa hoje é habitada por pessoas estranhas,foi uma fase que passou. Vez por outra a vejo em qualquer lugar do centro da cidade e peço a Deus que ela encontre sempre pessoas que mesmo reconhecendo o seu jeitão insistente de pedir, saibam compreendê-la e ajudá-la na sua indigência.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

No mundo tereis tribulações, mas coragem, eu venci o mundo! (João 16, 33

Que palavras posso eu dizer diante de tanta verdade, de tanta grandeza para nos mostrar quem é o nosso Deus? Minhas palavras são muito pobres, posso falar de coisas do mundo? Claro que posso , mas nada é mais consolador, nada para nos encher mais o coração do que ter a certeza de que Deus é por nós e pedir a ele a força para sermos fiéis a tanta bondade, a tanto amor e o que podemos é dizer como os discípulos de Emaús: "Fica conosco, Senhor, pois já é noite e o dia declina"



São Paolino di Nola (355-431), bispo Carta 38, 3-4 : PL 61, 359-360.

" No mundo tereis tribulações, mas coragem eu venci o mundo"

Desde o princípio do mundo, o Cristo sofre em todos os seus. Ele é o "principio e o fim" (Ap 1, 8)escondido na Lei, revelado no Evangelho Ele é o Senhor sempre admirável, que sofre e triunfa "nos seus santos" (Sl 67, 36).
Em Abel, foi assassinado pelo irmão;
em Noé, foi ridicularizado pelo filho;
em Abraão conheceu o exílio;
em Isaac foi oferecido em sacrifício;
em Jacó foi reduzido a servo;
em José foi vendido;
em Moisés, foi abandonado e rejeitado;
nos profetas foi apedrejado e ferido;
nos apóstolos foi perseguido por terra e por mar;
em tantos mártires foi torturado e assassinado.
É Ele, que ainda agora suporta as nossas fraquezas e as nossas doenças, sendo homem, ele mesmo, exposto por nós a todo tipo de mal e capaz de assumir a fragilidade que somos absolutamente incapazes de assumir sem ele.
É Ele, sim, que suporta em nós e por nós, o peso do mundo, para nos aliviar dele. Eis como "a força se manifesta plenamente na fraqueza" (2 Cor 12, 9 ). É ele que em ti suporta o desprezo . É ele que suporta em nós e por nós o peso do mundo, é ele que em ti é odiado por este mundo.
Demos graças, ao Senhor, que mesmo sendo julgado, obtém a vitoria (Rom 3,4 ).Segundo esta palavra da Escritura é ele que triunfa em nós quando, assumindo a condição de servo, conquista para nós, seus servos, a graça da liberdade.

domingo, 16 de maio de 2010

Crianças!!!

Final de junho de 2009. Na Europa já é verão e, na Italia por alguns dias, faz um calorão que não fica a dever ao nosso calor nordestino. Piscina inflável devidamente cheia e colocada no terraço e a criançada a se divertir: Giulia, Gianluca, Sofia,Martina, a brincar e saltar e escorregar e brigar, sempre sob o olhar vigilante de um adulto para que a coisa não termine em confusão. Muito difícil!!!
Mas , "o adulto da vez", a mãe, com muitos afazeres em casa, suspende o banho e diz que agora devem procurar-se outra brincadeira porque ela por enquanto não pode ficar.
Choros, súplicas, e enfim, salta a maiorzinha, a Giulia,sobrinha, então com 6 anos e diz: "tia, pode ir tranquila que eu fico vigiando, nada vai acontecer".
Mas essa decisão fere os brios do Gianluca que, com 5 anos e sendo o dono da casa, diz que isso não é possível, que ele é que deve ficar vigiando, porque além de ser "homem" , ele é de casa. Mas a Giulia, impassível e cheia de autoridade diz: "Gianluca, nada feito. Você tem 5 anos e eu tenho 6. Portanto, eu sou a mais velha, e serei eu a vigiar para que tudo corra bem e você tem de se conformar, porque O TEMPO É AQUELE QUE É"!
Coisas de crianças! Coisas dos meus netos!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Uma doação insignificante

Recebi este texto na minha caixa postal e como sempre medito nas desigualdades do mundo, ele me tocou bastante. Tenho uma amiga, uma pedinte,que conheci na rua e que sempre ia à minha casa pedir comida, roupa, umas moedinhas, enfim,uma pessoa necessitada de tudo. Uma vez dei um resto de perfume que tinha em casa e quando ela se foi, a minha doméstica criticou, porque do alto do apartamento a viu, no ponto de onibus, se perfumando, achando que aquela mulher era vaidosa, que não merecia receber nada. Fiquei muito triste com isso, porque ela sendo quase tão carente quanto a outra não teve a sensibilidade de entender que todos gostamos do que é bom, seja comida, roupa, casa, qualquer coisa que seja; não usam porque não podem, não têm oportunidades. Quando você puder a judar uma pessoa a ter um mínimo que seja de uma coisa extra, não hesite, dê, proporcione a essa pessoa um pouco de satisfação. Isso tambem é caridade.
Não sou fã da doutrina espírita, mas não posso negar que esse texto está impregnado de uma profunda caridade cristã.

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Ela passa pelo conjunto residencial três vezes na semana. Quase todos a conhecem.

Faça frio ou faça sol, ela anda pelas ruas empurrando seu pesado carrinho, recolhendo papéis, latas, vidros. Tudo que possa ser vendido para reciclagem.

Nunca está zangada. Quando perguntamos se ela consegue sustentar a família, daquela forma, diz: Sim, graças a Deus.
Quando lhe indagamos a respeito dos filhos, ela nos informa que sua filha está casada, tem um bebê. Que eles têm dificuldades para suprir todas as necessidades da criança e, por isso, ela auxilia o casal.

Também diz que tem um menino de oito anos, que está na escola.

Já nos habituamos a guardar tudo separado, para lhe facilitar a tarefa: metal, vidro, papel.

Ela chega e vai recolhendo tudo e agradece. Agradece por lhe darmos nosso lixo.

Dia desses, resolvemos lhe oferecer algo mais. E lhe entregamos uma bandeja com quatro copos de iogurte. Nossas crianças já estão enjoadas de seu consumo.

Mudamos de marca, compramos com polpa, depois com pedacinhos de fruta, para variar.

O rosto da mulher se ilumina. Meu filho vai adorar isto, diz ela.

Dias depois nos conta da alegria do seu menino ao tomar um a cada dia. Como se fosse uma sobremesa, uma recompensa. Algo especial.

E nossos filhos cansados de se servirem sempre das mesmas coisas, desejando algo diferente. Porque vivem fartos.

Mais uns dias e, porque fosse feriado, o garoto acompanhou a mãe nas suas andanças.

Ao nos ver, no portão, foi apontando: "Foi aquela dona que deu prá gente o iogurte, mãe?"

E, ao sinal afirmativo, correu em nossa direção, agradecendo e dizendo como ficara feliz. Quatro dias de felicidade.

Tomei devagarinho, disse ele. Para sentir bem o gosto e não esquecer por muito tempo. Agradeço demais.

Um gesto tão simples. Algo tão pequeno. E fez tanta diferença. Quatro dias de felicidade para um menino que não passa fome, mas tem vontade de comer algo diferente.

Como nossos filhos que se levantam, saciados, da mesa e perguntam:

O que tem mais para comer?

Ou, em meio à tarde: Estou com fome. O que tem para comer nesta casa?

Mas eles não desejam pão com manteiga. Querem algo especial ao paladar.

Será que, olhando essas crianças que vivem em casebres quase a desabar, ou que acompanham os pais nas longas jornadas, catando lixo pelas ruas, pensamos que elas têm desejos especiais?

Vontade de comer chocolate, de tomar um sorvete, um hambúrguer, fritas, iogurte.

Afinal, o que apreciam os nossos filhos? Eles também.

É hora de pararmos de dar somente pão, sopa, para saciar a fome.

É hora de dar algo mais. Um capricho, mas que ilumina os olhos da infância.

Os filhos da pobreza têm sonhos, como os nossos filhos. Têm vontades, exatamente como os nossos.

Pensemos nisso e nos tornemos mais sensíveis. Podemos começar tendo em nosso carro, ou na bolsa, um chocolate, uma guloseima extra para oferecer a um deles, que encontremos pelas calçadas, pelas ruas.

E quando nos dispusermos atender as necessidades dos carentes sociais, quando pensarmos em cestas básicas, pensemos nas crianças.

E coloquemos algo mais: uma barra de chocolate, do especial de que gostamos ou nossos filhos apreciam.

Um suco que acabou de ser lançado, bolachas recheadas, de boa marca, enfim, tudo aquilo de que gostamos. Tudo aquilo que costumamos comprar para os nossos filhos.

Porque afinal a diferença entre aquelas crianças e as nossas é somente que não estão em nosso lar.

Pensemos nisso.


Redação Momento Espírita

Comentário do Evangelho de João 15, 9-17

Achei lindo esse comentário e sugiro a leitura e meditação.


Hoje celebramos – em toda a Igreja e com toda a Igreja – a festa do Apóstolo São Matias, escolhido para completar o grupo dos Doze Apóstolos, no lugar de Judas Iscariotes. Como os outros devia também testemunhar a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em oração pedem que o Senhor lhes mostre quem seria o escolhido e a “sorte” caiu sobre ele [Matias], que assumiu sua missão e ajudou a firmar a Igreja nascente. É bonito ver este momento, no qual a Igreja em comunhão se coloca diante do Senhor e pede Sua luz para o discernimento necessário. A Igreja do primeiro século tem muito a nos ensinar (Cf. Deus Conosco, p. 14).

A maior graça que recebemos no dia de nosso batismo é ser concebidos, em Deus, como Seus filhos adotivos. Deixamos de ser simplesmente criaturas, para, também, nos tornarmos filhos de Deus de modo a podermos e devermos chamar – tratar – Deus de “Pai”, “Papaizinho”. Na verdade, por pura iniciativa do Todo-poderoso, Ele nos trata, não como servos, mas como amigos. E o que é um amigo, senão aquele em quem podemos confiar e contar; aquele que nos conduz para Deus por ser amigo de Deus; aquele que não nos abandona, mas nos segura nos momentos em que titubeamos?

O mandamento de Jesus é desafiador para cada um de nós: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Que desafio! Como amar o outro como Jesus nos amou e nos ama? Muito mais do que nos preocuparmos em amar, devemos nos ocupar na forma correta de viver este amor. Santa Terezinha do Menino Jesus “revoluciona” a Igreja ao descobrir sua vocação específica dentro de um estado de vida específico, ou seja, dentro da vida religiosa ela descobre o específico do seu chamado: “No coração da Igreja eu serei o amor”. Num primeiro momento, percebendo na frase desta santa, vemos um teor muito poético; mas, na sua vida, vemos a tradução destas palavras em vida concreta. Para a vivência deste amor, a grande santa francesa nos ensina que devemos viver uma teologia das pequenas coisas, viver o amor nas pequenas coisas do dia a dia. Gosto de dizer e repito – especialmente para mim: coisas grandes qualquer pessoa desesperada faz; as pequenas coisas, somente os santos.

Falando em amor nas pequenas coisas, tenho percebido isso na minha vida de forma muito forte e profunda, por meio da qual Deus tem me falado fortemente: nosso sorriso, nosso “bom dia”, nossos gestos, nosso abraço, nosso acolhimento, nossas palavras, nossas atitudes… precisam ter poder de ressurreição na vida das pessoas que conosco convivem. Costumamos viver isso na Canção Nova, entre nós comunidade, por meio de um bilhetinho, de uma mesa posta para o irmão, para a irmã que vai chegar tarde e cansada, tem poder de ressuscitar uma vocação, uma vida. Nas pequenas coisas…!

O amor de uns para com os outros, como o Senhor nos amou, terá de passar por estas realidades, custe o que custar, necessariamente. Mas será que teremos condições para viver este amor, o amor maior capaz de entregar a vida pelo irmão nas pequenas coisas? Sim, pois Aquele que nos chamou nos capacita. Aliás, não foi nós que escolhemos segui-Lo, mas Ele quem nos chamou. E Aquele que chamou nos capacitará para a missão. Basta nos abrirmos, a exemplo de São Matias.

Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 12 de maio de 2010

VEM, ESPÍRITO SANTO!!!

"Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da verdade, ele vos ensinará toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir e vos anunciará as coisas que virão". Jo 16,12-15

Minha oração de hoje
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Ò Espírito da Verdade e do Amor, são tantas, mas tantas, as coisas que ainda não sabemos!! Nossa mente se fixa mais nas coisas pequenas, não é capaz de se fixar nas coisas de Deus. Nossos ouvidos preferem ouvir as tolices que o mundo nos ensina, e assim vamos perdendo momentos preciosos da nossa vida, deixando de escutar as palavras da verdadeira felicidade que o Espírito tem a nos ensinar. Por que, Senhor, somos tão duros de coração, por que nos afastamos da fonte da vida, da felicidade, quando justamente estamos à sua procura?
Na nossa limitação imaginamos que seguir ao Cristo, pertencer a Deus nos aprisiona, nos tira a liberdade e assim, na nossa cegueira nos entregamos à incredulidade, nos entregamos ao pecado, ficando, aí sim, prisioneiros das nossas paixões, dos maus pensamentos, da intolerância, da impureza, do radicalismo, dos nossos juízos mesquinhos e falhos.
Vem, Espírito de Deus, liberta-nos para o amor, liberta-nos para a influência salvadora do Cristo, aquele que se entregou por nós, aquele que se sacrificando nos mostrou o quanto seu amor é verdadeiro, o quanto é infinito, o quanto é fiel!
Ilumina-nos, Espírito Santo, e desperta-nos para receber esse amor, para vivê-lo, para ensiná-lo aos nossos irmãos, para encher a terra de amor, para, finalmente, termos capacidade de entender o que tens a nos ensinar!
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Recebi pela Internet esse texto e me fez muito bem, na esperança que faça tambem a você, trancrevo:

Que Deus te cuide com carinho,
que te indique o melhor caminho,
que te ensine sobre o verdadeiro amor,
que te perdoe quando preciso for.
Que te dê asas pra voar,
e nos sonhos te ajude a pousar,
mas tambem te mostre a realidade que terás de enfrentar,
sem nunca, por nada, recuar.
Que deus te dê forças pra encarar
tudo aquilo que não tens como mudar,
ou sequer adulterar.
Que Deus te dê saúde.
que teu corpo, por dentro, nunca mude,
e que ao envelhecer tu possas dizer
que tua maior felicidade foi viver.
Que Deus te mostre com clareza
a grande e real beleza de um jardim florido,
de um bom livro,
de uma poesia que fale de saudade,
de uma calma paisagem.
Que Deus te faça compreender
porque amanhece antes de anoitecer,
porque o sol se esconde quando a lua quer brilhar
e porque brilha quando ela vai descansar.
Que Deus te faça ver
que no sorriso de uma criança, mora toda a esperança
que precisas para viver.
Que Deus faça de ti um ser sensível
que seja capaz de chorar
sem nunca se envergonhar.
Que Deus possa te mostrar
que cada onda do mar devolve tudo o que ousa levar.
Afinal, não tem intenção de roubar
o que em terra deve ficar.
Que Deus te ensine sobre a dignidade,
sobre a força e a fragilidade,
sobre a coragem e a honestidade.
Que Deus te ofereça amigos verdadeiros,
e que tu saibas cultivar cada amizade
que em tua vida Ele plantar.
Que Deus te ensine a fé,
que te faça crer em Jesus,
que te permita aceitar por pior que seja,
a cruz que tens de carregar.
Como o peso que teve a Dele, nunca será.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mensagem

Oi, amigos, penso com muita frequencia em como a cada dia a gente precisa se modificar, adoçar as atitudes, melhorar os relacionamentos, policiar as palavras que dizemos, e hoje recebi de uma amiga essa mensagem que contem muito de verdade e que não faz mal a nenhum de nós meditar um pouco sobre elas.
É o epitáfio no tumulo de um bispo da Abadia de Westminter, que viveu no Seculo XII. Diz o seguinte:

"Quando eu era jovem e livre sonhava em mudar o mundo.
Na maturidade descobri que o mundo não mudaria.
Então resolvi transformar meu país. Depois de algum esforço descobri que isto tambem era impossível.
No final dos meus anos procurei mudar minha família mas eles continuaram a ser como eram.
Agora, no leito de morte, descubro que minha missão teria sido mudar a a mim mesmo.
Se tivesse feito isto, eu teria sido capaz de transformar minha família.
Então, com um pouco de sorte esta mudança afetaria meu país e, quem sabe, o mundo inteiro".

É realmente uma bela lição a ser aprendida, podemos mudar só a nós mesmos, e com essa mudança transformaremos tudo ao nosso redor.

domingo, 9 de maio de 2010

FELIZ DIA DAS MÃES !!!!!

" Mulheres, que o amor transformará
Mães, este é o presente que Deus vos dá.
Entre fraldas e algodão, mil sonhos do coração;
Por um filho que nasce, quanta alegria e dor!
Todas as mães do mundo são belas
Quando apertam um filho contra o coração
São as belezas de um bem profundo,
Feito de sonhos, suspiros, amor.
É tão bonito aquele rosto de mulher
Que vela sobre uma criança e não tem repouso.
Parece a imagem de uma Madonna
É a imagem da bondade!
Mas os anos passam, os filhos crescem
Os cabelos das mães enbranquecem
Mas a sua beleza nunca acabará!
São todas belas a mães do mundo
Mas dentre todas tu és a mais bela
Porque me deste o teu amor profundo
E porque és a mãe dos meus filhos!!


Esta é a tradução de uma canção italiana em homenagem às mães. Desejo que todos os maridos , todos os pais, tenham essa mesma sensibilidade de apreciar as suas esposas e dar-lhes o devido valor.
Aproveito para dirigir a Deus uma prece por todas as mulheres que são mães e que sofrem tanto: as abandonadas e as que abandonam, as tristes, as aflitas pela sorte dos filhos, as desempregadas, as traídas, as mal amadas, as que não têm um lar, as que sofrem fome e frio, as doentes, as que sofrem violência dos maridos e companheiros, as adolescentes-mães, enfim, todas aquelas que precisam do amor misericordioso de Deus que é Pai e Mãe, e de Maria, sua Mãe bendita, modelo para todas as mulheres,que no dia de hoje e em todos os outros Ele nos guarde a todas nós dentro do seu coração amoroso que sabe dar abrigo a todos os que dele se aproximam. Feliz dia das Mães!

sábado, 8 de maio de 2010

UMA HISTORIA MINHA

No ano de 2004 foi comemorado o I Centenário da presença das Irmãs Missionárias Capuchinhas no Brasil e seria editada uma revista falando sobre as casas que foram fundadas por elas, para cuidar da educação, da saúde, em todas as regiões e para relembrar a sua obra no tempo. Como eu tinha sido aluna das Capuchinhas no colégio de Guaramiranga, uma pessoa que fora minha contemporânea no colégio me procurou e pediu para escrever alguma coisa sobre o nosso Ginásio Sagrado Coração de Jesus. Aceitei o encargo,o que escrevi foi publicado na revista, gostei do resultado e quero dividi-lo com vocês:

À espera da entrada do sacerdote que rezaria a missa, em meio a tantas pessoas, no entra e sai que precede o início de cerimônias, ali estava eu no ddia 11 de junho de 2001, na Capela da Casa Santa Rosa de Viterbo em Fortaleza, para participar da comemoração das Bodas de Ouro de vida religiosas de algumas irmãs, dentre elas a Irmã Paz.
Como ex-aluna das Irmãs Capuchinhas, fui avisada da realização da festa por uma das colegas daquela época. Interessara-me não somente em participar mas em reunir-me na ocasião com o maior numero possível de "meninas" que tinham, como eu, convivido com a Irmã Paz.
Finalmente a missa inicia. Ao meu lado, à frente, atrás, vejo rostos conhecidos: Virginia, Aila, Selma, Meíta, Valdiza, Marilac, Vilauva, Lucia, Elza, Fatima, Maiza, Helena Lessa, Heloisa. Rostos resgatados de um passado distante e que eu não via há muitos anos.
Muitos telefonemas foram feitos, muitos numeros foram procurados para localizar aquelas mulheres que ali se encontravam.
Entram, enfim, as religiosas. Vejo, então, a querida Irmã Paz! Transportei-me ao passado. Vi-me menina no velho Ginásio de Guaramiranga, onde passei alguns anos de adolescência. Eram muitas as meninas que vinham das mais diversas cidades do Ceará e de Estados vizinhos. Por muitos anos, durante os meses de aulas, o colégio era a nossa casa. Todas éramos irmãs. Dividíamos entre nós simpatias e antipatias. Sorrisos e lágrimas. Pedaços de rapadura e bombons. Ali nossas mentes se abriam para o conhecimento e para o saber viver. O caráter era trabalhado. Exercitávamos o valor da amizade, da simplicidade, da humildade, da prudência, da sinceridade, de assumir as coisas erradas que fazíamos e de aprender o respeito a Deus e ao proximo.
Orientadas pelas irmãs, que, sob a seriedade do habito franciscano nos pareciam tão velhas e adultas mas que, no entanto, eram, pelo menos algumas delas, quase tão adolescentes quanto nós, caminhávamos à luz da oração, da santa missa diária, apesar da preguiça que tínhamos de levantar às 5:30h n a fria Guaramiranga!
Tudo isso me passava pela mente enquanto iniciava a missa das Bodas de Ouro das religiosas. Não podia deixar de reconhecer a fortaleza daquelas mulheres que, tão jovens doavam suas vidas! Elas entregavam sua juventude para poder formar outras jovens e viviam a seriedade dos seus votos de pobreza, obediência e castidade.
E ali estávamos nós, pelo menos algumas de nós, num encontro festivo e saudoso, representando todas as outras. Já na maturidade, esposas, mães, avós, algumas viúvas, provadas pela vida, lembrando as que já tinham partido, chamadas por Deus. E ali constatávamos que muitas não conseguiram realizar os ideais de felicidade conversados nos recreios, sonhados na pressa de crescer... De sair para o mundo. Tudo o que queríamos era evadir do colégio. Ter alguns anos a mais...
Não tínhamos consciência do quanto éramos protegidas! Mas como diz o Livro de Isaías 55, 10-11: "Tal como a chuva e a neve caem do céu e para lá não tornam sem ter regado a terra, sem a ter fecundado e feito germinar as plantas, sem dar o grão a semear e o pão a comer, assim acontece com a palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado a minha vontade e cumprido sua missão".
Realmente, nós, naquele tempo "estávamos na chuva" e, com certeza, nos molhamos na agua da vida. Os sofrimentos, as desilusões, as dificuldades, são o preço que pagamos por vivermos no mundo. Mas, com certeza, em meio às tristezas e lutas, sempre estará, fiel, a nos aquecer e iluminar a chama do "Sagrado coração de Jesus".

Então? Gostaram? Podem crer, eu derramei o coração nesse depoimento!



quinta-feira, 6 de maio de 2010

06 /05/10 Evangelho do dia: João 15, 9-11

Hoje, Jesus, a tua palavra me fala de perseverar no teu amor e mais uma vez afirmas que me amas com o mesmo amor com que o Pai te ama. É tudo muito grande, muito forte e eu "sou humana demais pra compreender." Confesso, Senhor, que às vezes minha perseverança é fraca, por isso preciso desesperadamente da tua presença, da tua companhia, da tua mão para me conduzir. Mas falas também de alegria, da alegria que está em ti e que queres me dar para que a minha alegria seja completa.
Procuramos tanto a alegria, mas quase sempre a procuramos nos lugares e nas situações erradas! Esquecemos, Jesus, que só em ti está a alegria, só em ti a paz verdadeira, só em ti o amor profundo, só em ti a suavidade que precisamos para o nosso descanso. Tu és repouso para o que está cansado, tu és abrigo para o caminhante, tu és alegria para o que está triste, tu és alimento para o que tem fome, mas quando a humanidade triste, cansada, faminta, vai entender isso?
Senhor, mais uma vez tem paciência conosco, mais uma vez dá-nos o teu amparo, mais uma vez ensina-nos o teu caminho, mais uma vez esquece que erramos... Vem, Senhor, mostra o teu rosto bendito a esta humanidade cansada, sofredora, que fecha os olhos para não ver a luz e faz resplandecer sobre nós essa luz bendita!
Jesus, eu confio em Vós!

Oh! estou atrasada!

Hoje é quinta feira e minha ultima postagem foi de domingo. " Assim não pode, assim não dá"!
Me ocupei um pouco nos ultimos dias mas confesso que o erro é meu, não posso faltar ao meu compromisso, pois se, pelo menos uma pessoa visita o blog e faz a sua oração junto comigo, já valeu apena tê-la publicado.
Mas antes da oração queria falar de um livro que estou lendo e que todos deveríamos ler.
Trata-se do livro A LINGUA , de Francisco Faus, (Editora Quadrante) que se baseia no Capítulo 3 da carta de Tiago. É um livro pequeno, mas que contém grandes ensinamentos, de uma forma que não podemos imaginar.
Na apresentação, o autor nos fala das suas lembranças do passado, quando as crianças entavam doentes que o medico vinha em casa e depois de informado dos sintomas da doença dizia: "mostra a língua", e todos sabiam que de acordo com o aspecto da lingua, o doutor geralmente tirava suas conclusões para, então receitar o remédio. E continua: " Penso que o Senhor poderia dizer-nos também, como Médico divino:" Mostra-me a lingua, e eu te farei ver o teu coração, porque as tuas palavras - com as suas mil tonalidades, cargas, intenções e acentos - são um retrato falado do teu coração: dos teus sentimentos mais íntimos, das tuas purezas e sujidades, dos teus tesouros espirituais, das tuas carências lastimáveis. Não te esqueças nunca que a boca fala daquilo que o coração está cheio".
E continua:
Mostrar a língua, ver a língua e as suas fontes, mostrar o modo de limpá-la, de elevá-la aos níveis do amor cristão e de torná-la instrumento da caridade e da verdade de Cristo, eis o objetivo a que se propõem estas páginas ".
Confesso que este pequeno livro tem me impressionado bastante e me tem feito meditar sobre a forma como usamos a nossa língua que pode curar e matar, acariciar e chicotear, amenizar a dor ou torná-la mais pungente.
Certamente esta leitura não passará por mim em vão e tratarei de fazer dela meditação e ação.
Um grande beijo para todos.

domingo, 2 de maio de 2010

Evangelho do 5º domingo da Pascoa - Minha oração

O Evangelho de hoje nos fala do Mandamento do Amor.
Senhor meu, tu nos mostraste o verdadeiro sentido do amor, quando perdoando os teus algozes, mesmo em meio a atrozes sofrimentos, pediste por eles ao Pai, perdoando-lhes, desejando-lhes o bem, a salvação.
Durante a tua vida humana deste sempre exemplos de tolerância, de justiça, de humildade, de ajuda,
É bem diferente do amor como nós o concebemos. O teu mandamento "amai-vos uns aos outros como eu vos amei", nos endereça por um caminho igual ao que trilhaste: caminho de sacrifício, de renúncia, de humilhação. Mas tu disseste também: "não se perturbre o vosso coração", por isso, Jesus amado, confiando na tua palavra que é verdade, que é caminho, que é vida, entregamos nas tuas mãos a nossa humanidade, a nossa fragilidade e te pedimos para conduzir a nossa vida, a nossa caminhada, a nossa mente, o nosso coração para que tu nos transformes e nos torne capazes de amar o nosso irmão como tu mesmo o amas.
Jesus, eu confio em Vós!

Bom domingo para todos!!

Domingo, 2 de maio (já)? Êta, o tempo está correndo, já estamos quase no meio do ano. Essa expressão, "o tempo está correndo" sempre me impressionou porque , se pensarmos bem, minutos são minutos, horas são horas, enfim, o tempo é sempre aquele que é. Nossas atividades, muitas vezes excessivas, é que fazem com que o tempo pareça diminuir.

E não posso deixar de pensar na responsabilidade que temos para com o tempo, que é um dom que Deus nos dá, de como o aproveitamos ou o desperdiçamos, seja com o nosso trabalho bem feito, com atividades úteis, com boas amizades, com a ajuda que damos ao próximo, com um divertimento sadio, com uma leitura que nos eleva, ou com conversas que nada acrescentam à nossa vida, com coisas inúteis, com fofocas que detratam a vida do próximo, com divertimentos nocivos, com o rancor que guardamos às vezes por uma tolice, enfim, enquanto estamos aqui somos como que "senhores" do nosso tempo. Ele pode ser usado para o bem ou para o mal.

Nunca esqueço um soneto que meu pai , homem pequeno nas letras mas grande nos pensamentos costumava citar para mim. Não recordo o nome do autor, mas as palavras aí estão para serem objeto de meditação:



Deus pede estrita conta do meu tempo,

e eu vou, do meu tempo dar-lhe conta;

para dar minha conta feita a tempo,

o tempo me foi dado e não fiz conta.



Mas como dar, sem tempo, tanta conta,

que gastei sem conta, tanto tempo?

Não quis, sobrando tempo fazer conta,

hoje, quero dar conta e não tenho tempo.



Ò vós, que tendes tempo sem ter conta,

não gasteis vosso tempo em passatempo.

Cuidar, enquanto é tempo, em vossa conta.



Pois aqueles que, sem conta, gastam tempo

quando tempo chegar, de prestar conta,

chorarão, como eu, o não ter tempo.

sábado, 1 de maio de 2010

Como havia prometido...

O evangelho de hoje é Mateus 13, 54-58 e nos fala sobre a admiração das pessoas que diziam de Jesus: "donde lhe vêm essa sabedoria e essa força miraculosas? Não é este o filho do carpinteiro"?
Jesus, fico pensando na incredulidade dos teus conterrâneos em não crer em ti só porque eras o filho de pessoas conhecidas e que eles estavam acostumados a ver e a encontrar. E penso em nós, na nossa incredulidade, só porque desde crianças ouvimos falar de ti, da tua morte e ressurreição, das obras que realizaste, da tua presença constante na Eucaristica, mas tudo isto para nós se torna tão comum, que preferimos acreditar nas coisas que o mundo nos ensina , naquilo que vemos, acreditar na nossa soberba, no nosso orgulho, na nossa vaidade deixando passar o momento da graça que tu nos ofereces, deixando passar a tua presença que bate à nossa porta e não queremos abrir. E assim continuamos com a nossa cegueira.
Tua presença é real, Senhor, estás conosco, só temos que abrir os nossos olhos e pensar no quanto somos pequenos e frágeis, no quanto somos presa do inimigo que luta para nos afastar de ti.
Ajuda-nos, Senhor, vem em nosso auxílio, sustenta a nossa fé tão vacilante, não permite que nos afastemos de ti, pois será a nossa ruína, dá-nos mais humildade e mais sentimento de unidade com os irmãos, pois somos membros do teu corpo , dá-nos essa consciência de que unidos seremos fortes para vencer o mal.
Te peço, Senhor, visita os corações de todos aqueles que visitam este blog, dá-lhes sentir , perceber , uma centelha da tua presença e ajuda-lhes a retornar a ti para que gozem da tua graça e do teu amor que não tem igual.

Jesus, eu confio em vós !
Bom dia, meus queridos,
vocês não podem imaginar o quanto me deu alegria, encontrar 4 seguidores, mas alegria de criança, de jovem, e não pude deixar de pensar em quando eu era realmente uma jovem, adolescente,nos idos dos anos 50 e na fria Guaramiranga, no internato das irmãs franciscanas,elas nos faziam levantar às 5:30 para ir à missa. Uma preguiça! Um sono! Entretanto nunca esqueci, porque sempre me fizeram muito efeito, as frases iniciais quando o sacerdote dizia: -"entrarei até o altar de Deus"e nós respondíamos: -"do Deus que alegra e conserva a minha juventude."
Hoje, depois de tantos anos passados,agora, diante deste sentimento ,constato emocionada a fidelidade de Deus que não somente conservou como continua alegrando a minha "juventude", com acontecimentos, com encontros, com palavras, com frases, com musicas, enfim, com tantas coisas que Ele, criativo como é, sabe nos dar para demonstrar seu carinho e amor infinitos.
Um grande beijo para todos e mais tarde, coloco a meditação do evangelho, como prometido