segunda-feira, 7 de março de 2011

A CASINHA DA ARVORE

a casinha vista do chão
tio Battista e Claudio os construtores da casa
Idealizada pelo tio Battista e a tia Aurelice e contando com a preciosa ajuda do Claudio, finalmente lá estava ela prontinha, pintada, no ponto para ser inaugurada em pleno domingo de carnaval: a casinha da árvore!
E a meninada a curtir, a subir pela escada e a descer pelo escorregador, a gritar lá de cima para os outros subirem; outros em pleno sol a usarem o guarda chuva e não era importante que estivesse chovendo mas que eles pudessem usá-lo sozinhos sem a ajuda de mamães ou vovós, mesmo que não houvesse necessidade. Não se pode negar que muitos adultos tambem recordaram seus dias de criança experimentando a tão falada casinha!
começou a brincadeira, olé olé olá...


Quantos rabiscos foram feitos, quantos telefonemas a lojas para saber preços de madeira, de tinta, quantas viagens ao Jabuti, quantos pregos e parafusos foram colocados, quanto trabalho para que hoje pais e avós orgulhosos pudessem ver suas crianças a jogar, a se divertir, a viver a sua infância, a brincarem o carnaval sob a custodia de familiares, cercados do carinho e dos cuidados daqueles que os amam e querem educá-los em um ambiente de paz, de fraternidade e de amor nessa época em que as crianças ainda dependem totalmente dos pais. Abençoadas crianças!

e como ninguém é de ferro...


O Jabuti, que fica na localidade do mesmo nome, é um “sítio” onde um dos meus irmãos possui uma casa. Mais que uma casa, “possui” sete ou oito enormes mangueiras que além de darem sombra e frescor, nos proporcionam a oportunidade do encontro especialmente depois que nossos pais partiram, pois ficamos órfãos não somente da presença deles como também de um lugar onde nos encontrarmos, porque a casa deles era a casa de todos.

Hoje aqui se encontram as gerações. Sobrinhos que vinham crianças para passar um dia sob essas mangueiras e hoje trazem seus filhos. Aqui sabemos notícias de todos, dos que estão em outras cidades e até em outros países por motivo de estudo ou de trabalho, como dos que simplesmente não puderam vir porque tinham outro programa. Aqui se cultiva a amizade e o respeito pelo outro, a solidariedade e a consciência do que é ser família. Aqui todos somos irmãos: cunhados, sobrinhos, e também os amigos. (Não posso negar que aqui também se bebe muita cerveja). Aqui “sentimos” literalmente a presença viva dos nossos pais que tantas vezes aqui estiveram, que tantos conselhos, abraços, sorrisos distribuíram entre filhos e netos e que hoje, de outra dimensão, com certeza, nos observam e intercedem por nós.


o baile tá "bombando"













o Arthur é o mais novo frequentador do local

Isso é o Jabuti. A simplicidade de um pedaço de terreno, muita criança pra brincar, muito afeto pra oferecer, muita conversa pra jogar fora, e não encontro nada melhor pra traduzir esse sentimento que a ternura das palavras do Toquinho cantadas por Sandy e Junior na linda canção:

Era uma vez

Era uma vez
Um lugarzinho no meio do nada
Com sabor de chocolate
E cheiro de terra molhada

festa da garotada com a cachorrinha "Marie"

Era uma vez
A riqueza contra a simplicidade
Uma mostrando pra outra
Quem dava mais felicidade

Pra gente ser feliz
Tem que cultivar
As nossas amizades
Os amigos de verdade
Pra gente ser feliz
Tem que mergulhar
Na própria fantasia
Na nossa liberdade

Uma historia de amor,
de aventura e de magia,
só tem a ver
quem já foi criança um dia.