domingo, 7 de agosto de 2011

MUDANÇA DE VIDA

Todos os dias procuro lembrar-me de agradecer e louvar a Deus pela bondade e amor que tem para com os seus filhos, pelas oportunidades que lhes dá de reconhecer e apreciar os dons recebidos, pelos desafios que lhes coloca à frente para que se esforcem e consigam vence-los, sentindo assim a capacidade, a inteligência, a força , enfim, para que sempre tenham diante de si durante a passagem por este mundo, um motivo para seguir em frente, para se alegrar, para se rejubilar pelo que conseguem realizar.


Não deixo nunca de me encantar ao observar que nas diversas fases da minha vida, há uma mão que me guia quando tenho a impressão de perder o rumo, uma presença benéfica que docemente me conforta quando estou triste, alguém que pensa em mim com amor e me aponta uma luz quando parece que nada mais pode me interessar. Alguém que se alegra comigo nos meus momentos de felicidade e me faz companhia nos momentos de abatimento.

São inúmeras as situações em que consigo vislumbrar a possibilidade de uma novidade na vida seja através da perspectiva de uma viagem, da visita inesperada de uma pessoa querida, seja uma mudança de apartamento (já me aconteceu 3 vezes) enfim, sempre tenho uma meta a alcançar , uma coisa que me alegra, que me faz correr ao encontro dessa “novidade,” que me impulsiona para o alto fazendo-me sonhar, fazendo-me desejar caminhar e esquecer as tristezas ou dificuldades.

A novidade dessa vez é grande mesmo e realmente me encheu de forças, de alegria, de sonhos. Dos meus dois filhos que há já alguns anos moram na Italia com a família, um deles resolveu retornar definitivamente ao Brasil. Isso nos trouxe a mim e ao meu marido alem de muita alegria uma carga de ocupações e de responsabilidades a fim de ajudar a família a se estabelecer seja com trabalho, com moradia e com a assistência necessária que num momento como esse os filhos de qualquer família unida esperam dos pais.

Acontece que por força das circunstancias vão ficar conosco por algum tempo enquanto se estabelecem. A família tem duas crianças (7 e 4 anos) menino e menina, cheios de energia, de curiosidade, de amor para dar, de atrevimento, de barulho, de bagunça. E lá se foi o nosso silêncio, a casa limpa e organizada, o nosso repouso de meio dia, enfim, a nossa vidinha do dia a dia. Em compensação voltamos a uma fase há muito esquecida de vozes infantis, de choros e risadas, de TV a todo o volume com desenhos do Bob Esponja e Backyardigans, com computadores ocupados pelos jogos. E também de beijinhos sonolentos pela manhã e à noite, com cheiro de dentifrício, de abraços morninhos, de historias para contar e canções para cantar e muito, muito amor para dar e receber, sem contar com os pais deles (filho e nora) que têm trazido um sopro de juventude à nossa casa, a segurança de uma companhia, de ter com quem trocar idéias, de poder desfrutar de um “papo” agradável sem precisar sair de casa e a alegria de se sentir chamar todos os dias de papai e mamãe depois de tantos anos de ausência.

Certa vez li um livro cujo título era “Quem como Deus”? E faço minhas essas palavras, pois realmente só Ele com o seu carinho e ternura vem ao encontro dos seus filhos fazendo carinhos que só um pai amoroso e compreensivo sabe fazer.