domingo, 28 de novembro de 2010

HELSINKI - FINLANDIA




Já sabia através de leituras que a Finlandia é um país de milhares de lagos, de natureza exuberante, de muita neve e frio cortante no inverno, de habitantes que têm com a natureza uma relação de amor e respeito .                                       
Aleksanderinkatu: uma rua no centro da cidade


na terra do Papai Noel uma foto com ele é necessária
                                                                              
 
Na verdade, tivemos apenas uma pequena amostra vendo somente a capital, Helsinki ( ou Helsinque ou Helsingfors) e somente por algumas horas e pelo menos no centro a impressão que tive foi de uma cidade onde tudo é certinho: os carros param para os pedestres atravessarem as ruas, os pedestres atravessam sempre nas faixas, os bondes são silenciosos e pontuais, enfim, tudo muito pacífico, aliás se tem mesmo uma impressão de paz e segurança. De fato, quanto à segurança, nos disse o nosso guia que a cidade é impecável e que os níveis de criminalidade estão entre os mais baixos da Europa e que o transporte público é considerado um dos mais eficientes da Europa (acho que já vi esse filme)... Tem uma arquitetura legal, mas poucas pessoas nas ruas, diferente do centro das outras capitais que visitamos, fervilhante de gente; portanto, para quem gosta de agito não é o lugar ideal, mas tem um grande numero de parques e estes são lindos e sombreados, uma atmosfera repousante.


monumento a Sibellius
Em um dos parques pudemos apreciar uma escultura dedicada a Sibellius,um finlandês que figura entre os mestres da musica
classica, onde fizemos algumas fotos. São todos cheios de lindas árvores, de grama verdinha e prá nós que moramos no agreste, na região seca, de árvores “sofridas” nas praças, de sertão seco, de sertanejo que tem de caminhar muito para encontrar um pouco de água, ver todo aquele exagero de verde, de     água, chega a parecer um paraiso.

Fizemos um “city tour” no ônibus contratado para esse fim e tivemos uma idéia da cidade. Descemos em alguns lugares para melhor apreciarmos. A cidade tem muitas igrejas sendo quase todas elas (94%) de fé luterana; 1% de ortodoxos e o restante de outras
religiões tendo somente uma igreja católica. Uma igreja, porem 
dentro da Temppeliaukio, a catedral escavada na rocha
chama a atenção sobre todas as outras: a Temppeliaukio que significa “templo na pedra” é escavada numa rocha de granito e realmente merece ser vista.

Em seu interior tem-se a impressão de estar em uma cratera. Sua cobertura é feita de uma espiral côncava de cobre e a igreja, que, devido à excelência da sua acústica é utilizada também como local de apresentações musicais. Também um afinadíssimo órgão que conseguimos escutar no momento em que visitávamos a igreja, contribuiu para uma sensação de recolhimento.

o lado de fora da igreja


A Catedral Uspenski erguida no topo de uma colina, de frente para o porto e construída com tijolos vermelhos é digna de nota. Realizada em estilo bizantino destacando-se, portanto, da arquitetura dos prédios à sua volta, lembra as catedrais ortodoxas de S. Petersburgo, o que não é de admirar, uma vez que até 1919 a Finlândia pertenceu à Rússia. Frente ao porto situa-se a Praça do Mercado que vale a pena conhecer. São dezenas de bancas armadas diariamente onde se encontra de tudo: roupas, casacos, curiosidades, souvenirs, temperos, frutas, peixes, tudo, enfim. Mas tudo tão limpo de admirar. 
Também a Catedral Luterana (Tuomiokirko) é uma belíssima igreja que fica localizada na Praça do Senado . No centro da praça há um monumento que homenageia o Tzar Alexandre II. Outros prédios importantes como o Conselho de Estado, a Universidade e a Biblioteca Central ficam localizados na mesma praça, e encontramos aí uma exposição itinerante de ursos feitos em plástico de cores vibrantes representando todos os países do mundo, naturalmente, entre eles encontramos o do Brasil.

Uma nota curiosa: uma das maiores empresas de comunicação do mundo, a Nokia, nossa conhecida por causa dos celulares, é finlandesa.


Há muitos prédios bonitos, lojas chics, ruas limpas, gente bonita e educada, e mesmo não sendo muito “badalado” como meta turística, aliás, acho que o charme reside mesmo na discrição, vale a pena visitar esse país, especialmente se houver a possibilidade de ver outras localidades onde o visitante poderá apreciar lindas paisagens tranqüilas, num lugar onde o espírito poderá se acalmar no contato com a água, com as árvores, com o mar...





quinta-feira, 18 de novembro de 2010

FINALMENTE MOSCOU!

Finalmente, MOSCOU!


O navio em que viajávamos aportou em S. Petersburgo, e fomos de avião para Moscou. Um avião que não dava em nada a sensação de segurança, e isso para mim que já sou meio apavorada com viagens de avião, foi horrível, mas, deixa pra lá...não estou aqui contando a história? Pois é. Fui e voltei.          

                                                        
Não posso dizer que conheço MOSCOU. No máximo posso dizer que lá estive. Tinha uma enorme curiosidade de conhecer essa cidade, pois mesmo sabendo que era bonita, a idéia que tinha da Rússia em geral era de comunismo ateu (que tanto se falava na minha época de estudante), de perseguições religiosas e políticas, de guerras, de pessoas que morriam nas prisões, e, mesmo num período mais próximo do nosso tempo, na Segunda Guerra Mundial,conhecia a saga dos soldados que sucumbiam de fome e de frio durante os rigorosíssimos invernos, e ainda das “escaramuças “ sangrentas já no Sec XX, de províncias em luta pela liberdade.    


Sabia também da importância das dinastias, dos governantes reais, dos czares, sabia de princesas e rainhas, de coroações e assassinatos, de Ivans e Dimitris, de Anastasias e Rasputins, de Gorbachevs e Perestroikas,enfim, romances lidos na juventude, filmes e documentários assistidos, ajudavam a manter a idéia desse país longínquo que nunca, mesmo em sonhos, havia imaginado visitar.



Não podia acreditar que estivesse pisando em solo russo. Parecia um sonho. E eu pensava e dizia para mim mesma: “abre os olhos, olha o que é possível, aproveita as poucas horas que vais passar aqui”. Já no ônibus que nos transportava do aeroporto à parte mais importante da cidade, podíamos apreciar as “dachas”, casas que eram construídas no campo para serem usadas nos finais de semana e cujos terrenos eram doados pelo regime comunista aos membros importantes do Partido. As cúpulas de catedrais, (há muitas em Moscou), lembrando a importância do cristianismo para esse povo, construções lindíssimas, cúpulas azuis, douradas, coloridas, numa policromia de encher os olhos.



Ao longo do caminho, se descortinavam aos nossos olhos lindas construções, catedrais belíssimas, (dizem que Moscou é a terra das catedrais enquanto que S. Petersburgo é a terra dos museus), prédios de apartamentos, o antigo se misturando ao moderno. Nosso guia russo, falava muitíssimo bem o português, usando inclusive, expressões muito nossas, o que nos ajudava a entender melhor o que é aquela cidade, como vive aquele povo.



Nos dirigíamos ao Kremlin, conjunto arquitetônico central de Moscou, coração da cidade e símbolo da sua grandeza. Suas muralhas dão uma impressão de força e poder e são o inconfundível modelo de fortificação da Europa Medieval. Foram construídas entre 1485 e 1495 e têm ao longo do seu perfil 18 torres de combate que se erguem numa extensão de 2235 metros. A visão é grandiosa! Catedral de S. Basilio, Catedral da Dormição, o tumulo de Lênin, testemunha do antigo regime comunista, o metrô, verdadeira obra de arte, (infelizmente só conseguimos ver duas estações), enfim, precisaríamos de pelo menos uma semana, para descobrir, visitar, admirar tudo o que de bonito tem aquela cidade. Mas as horas passaram rápidas e já nos chamavam para retornar ao ônibus que nos levaria ao aeroporto para retornarmos a S. Petersburgo e ao nosso lindo navio. Meu Deus, nãaaaao!!! De novo naquele avião? Fazer o que?

Ah esperar um pouco para conhecermos a simpática e fria Helsinque, novas paisagens, novos estilos, continuando essa maravilhosa viagem de sonhos ...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

E AÍ, VAMOS CONTINUAR A VIAGEM?

Tallin

Oi, pessoal, vamos lá que o navio vai partir, estamos nos deslocando mais para o norte, rumo à cidade de Tallin. O frio está aumentando um pouco, estamos no outono e as temperaturas não obstante os belos dias de sol estão diminuindo dando já uma noção do que será o frio durante o inverno por essas paragens.


Vendedora de doces típicos
Chegamos agora a TALLIN, capital da Estonia , a pequena e charmosa cidade medieval que nos transporta em pensamento a tempos passados ; ir à Cidade Velha , caminhar sobre as pedras tornadas arredondadas pela ação do tempo e de milhares de pés que ali já pisaram ao longo dos séculos, ver as velhas construções,algumas ainda do Sec XI, as ruas estreitas, as moças vestidas com trajes típicos vendendo os doces regionais, parecia retornar no tempo,viver na Idade Média, mesmo que o comércio também movimentado, os bares e restaurantes, as lojas bonitas, a parte moderna, mostrem uma cidade cheia de vida, caminhando para o desenvolvimento, para o futuro, sem deixar de cultuar o passado, aliás, aprendendo mesmo com ele.

Tallin

Muito desenvolvido o comércio do âmbar (resina vegetal fossilizada), algumas vezes de cor amarelo claro, outras cor de conhaque, outras ainda até esverdeada, vendido nas dezenas de lojas sob a forma de brincos, colares, pulseiras, pingentes dos mais diversos modelos que muitas vezes parecem verdadeiras jóias e são mesmo, a julgar pelo preço cobrado em euros.

Mas o dia terminou e é hora de retornar ao navio, não sem antes passar na feirinha que fica na beira do cais com tantas, tantas coisas lindas! Pena que aquelas roupas de frio, luvas, écharpes, casacos, não sejam úteis para ser usados aqui em Fortaleza! No entanto, toalhas e caminhos de mesa delicadamente bordados com motivos natalinos, e lembrancinhas de todo o tipo foram ocasião para a “turma” fazer a festa!

Agora é embarcar ,jantar, ir ao teatro no navio, divertir-se e ir dormir esperando o momento de desembarcar em São Petersburgo, a linda cidade russa cortada pelo rio Neva que suavemente vai correndo através da cidade, banhando-a e embelezando-a, sem dar demonstração das três horríveis inundações ocorridas em 1724, 1824 e 1924 e outras menos graves que “tentavam aniquilar este prodígio de beleza, mas Petersburgo persistia.”

Rio Neva - S. Petersburgo


Catedral de santo Isaac - S. Petersburgo
É uma cidade que deixa perceber o cuidado com que foi construída. São Petersburgo é plana e linda. As construções de arquitetura claramente russa , fazem lembrar que ela já foi a capital do Império Russo e “personificação e gloria do Estado Russo”.Situada sobre ilhas do rio Neva, a cidade – conhecida como “Veneza do Norte” – começou a ser construída em 1703, sob Pedro, o Grande. Foi a capital imperial do país até a Revolução Russa, em outubro de 1917, da qual foi palco. Em homenagem a Lênin, seu nome foi mudado para Leningrado em 1924, mas voltou a ser chamada de São Petersburgo, em 1991.

Nós a visitamos numa manhã de sol o que dava mais brilho à magia visível daquela cidade. As pontes, as largas avenidas, o Cais da Universidade, a belíssima Catedral de S. Pedro e S. Paulo, cuja construção lembra um barco tendo como mastro uma elevada agulha dourada em cujo cimo está colocada a figura de um anjo, patrono da cidade. Esta “torre” pode ser vista de longe. Aliás, por falta de tempo foi assim que a vimos, de longe. Visitamos, porém, a belíssima Catedral de Santo Isaac onde está o ícone milagroso da virgem de Tikhvin, que há mais de cinco séculos, é uma defensora da fronteira noroeste da Rússia. É um dos mais venerados ícones ortodoxos e havia permanecido fora do país por 63 anos .

Museu Ermitage - tela de Leonardo da Vinci -(A Virgem da Flor)

Os prédios belíssimos lembram a gloria do império russo, a riqueza dos czares, e mais que tudo o belíssimo museu ERMITAGE, verdadeira jóia da cidade, construído sob Catarina II, para ser o palácio dos soberanos. Escadas maravilhosas, salões magníficos e um acervo de deixar boquiabertos quantos o visitam, nada ficando a dever aos melhores museus do mundo. Foi emocionante olhar de pertinho obras dos grandes mestres da pintura, da escultura, como Leonardo da Vinci, Michelangelo,como de outros mestres holandeses, franceses, espanhóis, enfim, tudo de melhor que já se ouviu falar em matéria de arte e ouvir da nossa guia , uma linda jovem russa de traços perfeitos e que falava correntemente o português, as explicações , os simbolismos por trás das pinturas, como por exemplo, no quadro de Rembrandt “O filho Prodigo”, observar o filho ajoelhado aos pés do Pai e sendo por ele abraçado, estando em evidencia as duas mãos do Pai, notando-se uma diferença entre elas, e que uma seria uma mão masculina e outra feminina, para simbolizar que quando nos arrependemos pelas ofensas cometidas contra o Pai, o seu abraço é de Pai e de Mãe.

Muito me emocionou essa explicação e foi para mim motivo de meditação. Mas era hora de partir, amanhã iremos a Moscou e estou muito emocionada, pois desejo muito conhecer essa cidade.

Até a próxima semana!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Uma viagem de sonho!


Alô, queridos amigos,
há dois meses não nos encontramos, mas dessa vez nem eu nem o computador estivemos "fora de forma" não, eu estive fora, isso sim, recebendo a benção de participar  de uma viagem. Uma viagem de sonho. Mas que foi real! E quero dividir com vocês um pouco dessa alegria.

Londres: vista do Big Ben e do Parlamento

acompanhada é melhor
  Tentarei fazer isso saboreando sem pressa os encantos de cada cidade porque nem me canso eu e nem vocês. Assim, uma vez por semana estarei aqui falando um pouco de cada uma das nove cidades visitadas. É claro que em nenhum momento tenho a pretensão de dar informações sobre a importância comercial ou política ou historica de cada uma delas, ou de falar do que representam no cenário mundial. São somente “pinceladas” de turista, é somente a minha apreciação, meus pensamentos, minhas reflexões sobre essa magnífica viagem e o meu ponto de vista de como vi esses lugares.

Uma viagem é sempre um enriquecimento cultural e espiritual, seja pelos conhecimentos que adquirimos, pelos amigos que fazemos, pela vida que se pode viver por uns dias fora dos muros domésticos, como pelas lindas paisagens e lugares que vemos. Esta viagem, então, foi maravilhosa por ter sido realizada num lindo e confortável navio, por nos ter transportado a paragens distantes e por nos dar a oportunidade de ver lugares e coisas que só conhecíamos através de livros e imagens de televisão.

A companhia não podia ter sido melhor, pois estávamos em família; éramos quatro irmãos com seus respectivos companheiros e mais um casal de amigos de longa data, isto no meio de um grupo de quase 70 pessoas que mesmo não sendo ainda conhecidas, eram da mesma cidade e o conhecimento e companheirismo se tornaram fáceis.

A empresa organizadora da viagem, amplamente conhecida pela competência e responsabilidade, presente na pessoa de seu diretor e assistente, com quem já mantínhamos laços de amizade e confiança quando da realização de outras viagens, completou o ambiente propício para que tudo se desenrolasse da melhor forma possível.

E assim após uma breve passagem por Lisboa, rumamos para LONDRES, a linda e cosmopolita cidade tão cheia de ícones mostrados e imaginados, finalmente agora pessoalmente conhecidos: o Big Ben, o Parlamento, o Palácio Real, a London Tower, o London Eye, o enorme movimento das ruas, o transito caótico, o passeio de barco pelo Tamisa, os ônibus vermelhos de dois andares, as velhas cabines telefônicas num ponto ou noutro ainda conservadas, enfim, uma cidade que precisaríamos de muito mais tempo para conhecer e apreciar, mas que fica na nossa recordação, colocada lá num cantinho da mente, mas bem em evidência como possibilidade de (quem sabe)? voltar ainda uma vez para melhor conhecê-la, para travar mais conhecimento com essa cidade tão cheia de tradições, de passado, de história .

Transportados ao Porto de Dover, lá encontramos o lindo navio que nos levaria a outras cidades através do Mar Báltico . O Norwegian Sun é realmente um exemplo de modernidade, de conforto, de luxo. A sensação de estar navegando, nos faz pensar nos antigos navegadores que enfrentavam o mar em condições adversas, sem conforto e sem segurança, muitas vezes disputando batalhas, enfrentando frio e doenças, e confrontar com aquela “mordomia” que estávamos vivenciando parecia injusto.

Chegamos a COPENHAGEN, a linda e elegante ilha capital da Dinamarca, rica em historia e tradição, cidade organizada, limpa, bonita (pena que estava chovendo, o que apagou um pouco o brilho da visita),cheia de gente bonita, de pessoas altas, louras, bem proporcionadas, de prédios e monumentos que falam de um passado distante e de uma gente dinâmica e corajosa que sabe manter os encantos de sua cidade através dos séculos.O transito é organizado e respeitado. Eu pessoalmente não fui ao Tívoli, já o tinha visitado em outra viagem, mas na verdade, não teria retornado, é um Parque, bonito, organizado, mas um Parque. Vimos os quatro Palácios da realeza, localizados em uma praça, um em cada ângulo, sem grande luxo exterior. Esculturas que contam a historia da cidade através de suas lendas, e das estatuas de seus heróis. A “Pequena Sereia,(Hans Christian Andersen) um dos símbolos da cidade,que eu já vira em outra ocasião, não estava na cidade, pois havia sido levada para a exposição mundial em realização na China . Em seu lugar somente uma réplica.


monumento às vitimas do Holocausto


marco da localização do muro

Navegamos em seguida até o Porto de Warnemünde onde encontramos o ônibus que nos transportaria a BERLIM. A grande e linda cidade oasis verde-azul,cheia de parques, zonas verdes,avenidas arborizadas, cortada pelos rios Havel e Spree formando uma paisagem de encher os olhos. Visitando hoje esta metrópole tão dinâmica, torna-se difícil pensar que foi praticamente destruída durante a segunda guerra mundial, que já passou por tanto sofrimento , quando toda a ordem foi subvertida, que se realizaram perseguições, mortes, isso para lembrar somente o passado mais recente, e hoje ver essa fervilhante capital cheia de turistas, de gente feliz que passeia pelas suas ruas, que fica nos parques aproveitando os últimos raios de sol do outono, precisa-se voltar à historia para entender o significado das marcas do Muro de Berlim, do Monumento ao Holocausto, da Igreja que foi reconstruída mas que por opção do arquiteto manteve a torre bombardeada, a que os berlinenses chamam jocosamente de “molar cariado”. Tudo em Berlim fala da sua historia, os monumentos, os palácios, os nomes nas fachadas nos remetem a reis e nobres que fizeram parte da historia da Alemanha e dessa cidade. Posar para uma foto sob a Porta de Brandemburgo foi algo inesquecível. Tenho de deixar registrado que o que mais me impressionou foi o Monumento ao Holocausto: não pude deixar de elevar a Deus uma prece e dedicar um profundo pensamento de dor e solidariedade aos milhões de judeus sacrificados na Segunda guerra e ali representados.
Uma coisa porem é muito clara: a “ordem e progresso” dessa linda cidade, desse país reconstruido e de cabeça erguida vêm de políticas sérias, de um povo politicamente consciente que sabe reivindicar os seus direitos, que faz escolhas adequadas dos seus representantes, não faz pacto com o erro, que participa das decisões e do desenvolvimento com coragem , vontade e amor pela sua pátria. A volta, no onibus que nos levava ao navio foi realmente um momento de reflexão.

 Na próxima semana retorno com outras cidades.