sexta-feira, 11 de maio de 2012

PERMANECEI EM MIM


                                                                           

“Permanecei em mim e eu permanecerei em vós.” Estar com Jesus... viver em Jesus... escutar a sua palavra, passar horas e horas com a sua palavra assim como se passam horas e horas pensando nas palavras de uma pessoa que amamos e que sabemos que nos ama! Permanecer em Jesus é uma escolha que faço a cada vez que oro, a cada vez que amo o irmão, (especialmente o pequeno e o pobre), a cada vez que faço o bem!

As  regras desse relacionamento são as mesmas da amizade: são necessários  muita paciência, interesse, respeito, responsabilidade... não porque Jesus queira se fazer de difícil mas porque nós não somos mais acostumados a ouvir os sussurros  da verdade, os silêncios do amor, a vida na liberdade, a doçura e plenitude do olhar, o sorriso de comunhão, o gesto gratuito, o dom da graça!

O “permanecer em Jesus” é um ato livre de duas pessoas que sabem que não podem viver uma sem a outra. O fruto é a vida “verdadeira e bela” que nasce do permanecer nele, única videira”!

Meus queridos amigos,
O tempo, sempre ele, tem me impedido de escrever mais, de colocar aqui nesse espaço os meus pensamentos, as minhas meditações, as coisas que eu observo.  Mas encontrei  esse texto num blog que eu admiro muito do Padre Giancarlo Caprini e aproveitando um momentinho de folga aqui estou para comentar um pouco as palavras de tanta doçura, suavidade e espiritualidade.  

Às vezes me pergunto por que somos tão avessos ao amor de Deus, a esse amor que nos busca com tanta constância e que recebe de nós sempre a rejeição, o ”não”. O amor de Deus nunca nos abandona, é um amor de fidelidade, de ternura, de doação, no entanto muitas vezes fugimos dele. É que o amor de Deus tem também as suas exigências; na verdade, seguir a trilha de Jesus Cristo não é empresa fácil porque é necessário pisar em cima do nosso orgulho, esmagar a nossa soberba, a preguiça, o julgamento, e exercitar incansavelmente a humildade, a caridade, a fraternidade, o silencio, o acolhimento, a aceitação. É que o amor de Deus passa primeiro pelo irmão. É ele a chave para abrir a porta do Seu coração. Mas nossa humanidade foi de tal forma atingida pelo pecado dos nossos primeiros pais que se torna muito difícil retornar ao caminho  para o qual fomos criados e cuja “pista” é exatamente o Cristo, quando diz: “Eu sou o caminho”.


 Há nos livrinhos de cantos da igreja uma musica que diz:  “vem, Maria, vem! Vem nos ajudar neste caminhar tão difícil rumo ao Pai”! Que palavras inspiradas! Pois estamos realmente pedindo uma ajuda a quem conhece o “Caminho”, a quem já viveu o sofrimento, pois quem, além de Maria pode nos servir de auxílio, de exemplo, de conselho, ela que foi repleta do Espírito Santo, ela que viveu com os olhos voltados para o Pai, ela que é tão humana quanto nós, com certeza intercederá por nós como o fez em Caná, pedindo a transformação da agua em vinho para aqueles noivos aflitos que estavam a ponto de sofrer um vexame diante de seus convidados.


Há quem tenha medo de buscar o caminho de Deus porque acha que exige muitos sacrifícios, que é contra a liberdade, a alegria... Não existem pessoas mais livres e alegres que aquelas que seguem esse caminho e nele encontram a Verdade, porque Deus não é livre, Ele é a própria liberdade. Ele não é alegre, é a própria alegria. E a proposito me vêm à mente as palavras do Evangelho segundo João quando diz: “Se permanecerdes na minha palavra sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” e logo mais adiante quando fala: “Todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo,” e ainda: “Se, portanto, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres”...  
Buscar o amor de Deus deve ser a nossa meta principal nesta vida, antes de qualquer coisa, pois tudo o mais depende desse “encontro” libertador com o Ressuscitado. A alegria fluirá, a força para enfrentarmos as dificuldades e sofrimentos será multiplicada e os nossos passos serão mais ágeis na busca do Caminho que nos conduz à Verdade e nos dá a Vida.
Vida, morte e eternidade (Jacque Nouet)

A vida nos é dada para procurar a Deus,
a morte para encontra-lo
a eternidade  para possui-lo!

domingo, 8 de abril de 2012

AMOR, ETERNO AMOR

Amor, eterno amor




Há alguns dias fomos a uma festinha de aniversario de um amigo que estava completando 77 anos. Ele e a esposa formam um casal ajustado, equilibrado, que já vem de uma união de 50 anos, celebrada recentemente. Ele é um homem inteligente, culto, produtivo, um cristão autêntico e ser convidados à sua casa é sempre uma honra para nós. Presentes todos os filhos, netos e outros familiares como também alguns casais amigos entre os quais estávamos meu marido e eu.

Mas todo esse preâmbulo para falar de uma coisa que me chamou a atenção: a forma como se comportavam aqueles casais num encontro social.

Pessoas comuns, já avançadas na idade, com uma longa historia de vida, com filhos e netos , com problemas e sofrimentos como todos os pais do mundo. Mas me encantou, me chamou a atenção observar como o amor fluía entre aqueles casais, como havia cumplicidade no tocar das mãos, na troca de olhares, na atenção de um para com o outro, curtindo um momento de lazer.

Ali não havia mais o viço da juventude, nem hormônios em ebulição, ali havia algo que o mundo procura esconder dos jovens de hoje, cuja compreensão do amor é a de coisa descartável, “uso, quando não me servir mais, jogo fora”.

Ali havia amor verdadeiro, e eu não podia deixar de pensar em quantas crises terão passado ao longo da vida, quantas vezes tiveram que se perdoar, quem sabe, até, quantas vezes o amor foi traído, quantas barreiras tiveram que transpor para continuarem unidos, cuidando um do outro, se amando apesar do tempo, apesar dos anos, apesar dos defeitos e das quedas.

E me lembrei de um trecho do livro de Ezequiel que diz: Ez(47,9. 12) “ Tudo o que essa água atingir se tornará são e saudável e em toda parte onde chegar a torrente,haverá vida. Ao longo da torrente, em cada uma de suas margens, crescerão arvores frutíferas de toda espécie e sua folhagem não murchará, e não cessarão jamais de dar frutos: todos os meses frutos novos, porque essas águas vêm do santuário. Seus frutos serão comestíveis e suas folhas servirão de remédio.”

Vi ali tantas árvores antigas, ainda cheias de seiva, com folhagem vigorosa, com corações cheios de amor e com tantos lindos exemplos de vida para darem a seus filhos e netos e mesmo às gerações futuras, pois o exemplo nunca será esquecido mostrando a um pedacinho do mundo que trilhando os caminhos do Senhor, seguindo a Sua Palavra e lutando para viver a Sua vida, podemos dizer como num título de novela que existe o “amor, eterno amor”.


 

sexta-feira, 9 de março de 2012

QUERIDO BLOG


Me vêm à mente meus tempos de adolescência quando, como faziam milhares de meninas, num caderno mais bonitinho, o mais bonito de todos, tentavam fazer um diário para contar os segredos, as paqueras, (que então se chamavam “flertes”) e escrevia sempre ao início de cada narração: “querido diário”...

Passou a adolescência, passou também a juventude, as coisas se modernizaram, os caderninhos foram substituídos pelos notebooks, Ipads, tablets, seja lá que nome tenham, a maturidade chegou e mesmo assim aqui estou, não mais com a mesma vibração, um pouco mais nostálgica, mas sempre aqui para dizer:

Querido blog, faz tempo que não escrevo nada,três meses se passaram e neste intervalo muitas coisas aconteceram; passou o Natal, começou um novo ano as aulas das crianças recomeçaram, surgiram momentos alegres e momentos de preocupações, de ansiedade. A saúde aqui e acolá dá um vacilo carregando consigo o humor que também vacila. As notícias nos jornais são estarrecedoras, desde crimes, assaltos, violência, enchendo a gente de medo de sair de casa até os desastres naturais mostrando o grito de revolta da natureza por ser tão maltratada.

Os programas de televisão, de radio, em sua maioria são nojentos, demonstrando que a imoralidade tornou-se normal e natural. A política no mundo inteiro é uma coisa vergonhosa, crises internacionais, países em risco de ir à falência, guerras, fome, líderes que não merecem ser assim chamados porque não possuem lastro moral para ostentar esse título, tudo isso enche o meu coração de ansiedade, de medo, de aflição.

Querido blog, eu gosto de conversar, de abrir o coração para alguma amiga, mas às vezes tenho pudor, as pessoas são tão ocupadas, tão praticas, tão modernas então pensei em escrever, em colocar no papel ( ou na tela), ? minhas perplexidades, meus medos, meu medo do futuro, meu medo da morte. É, meu papo hoje está nostálgico...

Mas de repente lembro que “eu tenho um amigo que me ama”... e enquanto escrevo aqui, sentada no meu cantinho, vejo meu companheiro que, lá está, também no seu computador, analisando suas contas,seus e-mails, uma imagem de vida. Vejo os dois outros netinhos saindo com a jovem mamãe para irem ao dentista. Já tinha conversado longamente com a nora que do outro lado do Atlântico me dá notícias das outras netinhas Acabo de receber uma chamada telefônica de outra netinha linda me cumprimentando pelo “Dia internacional da mulher” , recebo pelo e-mail uma mensagem de agradecimento da minha filha querida me dizendo em resposta a uma mensagem que eu lhe mandara:

“ Mãe,

Realmente a mensagem é linda.
Feliz dia da mulher, eu mais que ninguém tenho que lhe parabenizar e agradecer por ter sido pra mim via de acesso ao mundo, e exemplo a vida toda.

Beijos”


E meu coração de repente se enche de luz outra vez ; e penso que um momento de tristeza ou de ansiedade não me deve fazer pensar que tudo é escuro ou triste e me volta à mente o tempo especial que estamos vivendo, que é tempo de Quaresma, tempo de pensarmos e aproveitarmos mais uma oportunidade que o Senhor nos dá para corrigirmos o nosso caminho, para buscarmos a nossa conversão, para retornarmos aos braços do Pai e sermos por Ele acolhidos, recebidos, abraçados, sem nunca nos lembrar que quisemos “escapar” das suas mãos e pedir “ a parte que nos cabe da herança;”chegamos aflitos e humilhados sem saber como Ele vai nos receber, Ele que lá está pronto para abraçar-nos e recolocar- nos em nosso lugar que é a seu lado. Tinha razão a Irmã Luiza, quando tantos anos atrás ensinava às crianças a cantar: “eu tenho um amigo que me ama com eterno amor, seu nome é Jesus”. Ele nos ama e cuida de nós, vem nos confortar, vem se fazer presente nos momentos de tristeza e abatimento.

Logo mais estaremos celebrando a Pascoa, logo mais comemoraremos a vitoria da vida sobre a morte, da luz sobre as trevas, da tristeza sobre a alegria, do Bem sobre o Mal... E então compreendemos o nosso papel no mundo, tentando fazer a nossa parte, ser solidários,ser amigos, perdoar o mal que recebemos, ser servidores do próximo, tentando fazer o bem e fugir do mal, tentando passar para aqueles que estão ao nosso redor uma mensagem de amor de paz e de benção, de perdão. Assim viveremos sob a proteção de Deus, sob a sua luz e apesar do mal que existe e sempre vai existir, vamos ter a certeza de que “a Pascoa não é só hoje, a Pascoa é todo dia, se eu levar o Cristo em minha vida tudo será um eterno Alleluia”

BOA QUARESMA                  





domingo, 4 de dezembro de 2011

Mais uma vez É NATAL!

Mais um Natal está chegando, mais um ano se foi e sempre aquela impressão de que “foi ontem” que estávamos cuidando de enfeitar a casa, de armar a arvore, e com cada pessoa que se conversa, sempre a mesma perplexidade de que chegou tão rápido outra vez!

Entretanto, é claro que o tempo é sempre aquele, nós é que somos a cada ano mais apressados, mais estressados e não temos tempo de viver com serenidade os dias que passam, de cultivar as nossas amizades, de “aplainar as veredas e endireitar os caminhos” como nos diz o profeta Isaias.

A cada final de ano até que tentamos fazer um retrospecto da nossa vida e analisar o que aconteceu que não deu certo, por que não deu certo e nos propomos de colocar o trem nos trilhos outra vez, mas basta colocarmos diante de nós as nossas promessas do ano passado para descobrirmos que nada mudou, que continuamos os mesmos, que continuamos arrastando as nossas falhas e defeitos como um cometa arrastando a sua longa cauda, só que a que arrastamos não é luminosa, aliás, é bastante escura e isso acrescenta mais um item à nossa já longa lista de frustrações.

O que será que nos falta? Por que deixamos que a vida nos encaminhe por um rumo que, muitas vezes não nos traz a tão sonhada felicidade? E o que é felicidade? Penso que muitas vezes nos desesperamos ao procurá-la e ficamos tão focados em encontrar uma coisa enorme, que não temos tempo de descobri-la nas pequenas coisas do nosso dia a dia, de perceber que muitas vezes ao invés de vir aos borbotões, ela nos vem em gotas.



O sofrimento, as frustrações, as dificuldades existem e são inerentes ao ser humano, eles são a herança da nossa humanidade decaída, é a profética frase do Senhor quando expulsou nossos primeiros pais do paraíso: “ganharás o pão com o suor do teu rosto".                                                                           

Quando iremos descobrir que necessitamos desesperadamente de um contato amoroso, confiante com o nosso Deus que está à nossa espera? Sem invadir a nossa intimidade, sem tolher a nossa liberdade, somente silenciosamente espera que nos acheguemos a Ele, que o procuremos com confiança. Ele que é o Senhor de tudo, do bem e do mal, da vida e da morte, que é o nosso Pai, do qual viemos e para onde retornaremos. Ele que neste periodo quer nos lembrar através de um bebê (que é ele próprio) de que tudo pode recomeçar, que se não sabemos como falar-lhe, podemos balbuciar justo como uma criança e Ele vai entender as nossas dores, as nossas aflições e sofrimentos, as nossas fraquezas e aflições e para tudo encontraremos forças se nos colocarmos confiantemente nos seus braços e nos deixarmos consolar neste abraço que é puro amor.

Que todos tenham um Natal verdadeiramente feliz, que as luzes que vemos não sejam somente a dos enfeites perecíveis mas que seja uma luz interior que nos cure, salve e liberte!

domingo, 13 de novembro de 2011

FESTA DE ANIVERSARIO

Alguém duvida desse amor?
Será que tem coisa mais antiga que festa de aniversario? E será que tem coisa melhor?

Sentir o carinho da família e dos amigos, rir, jogar conversa fora, passar em todas as mesas cumprimentando e sendo cumprimentada, ficar com medo de a comida ser pouca e depois só faltar endoidar para acomodar na geladeira o monte que sobrou , abrir os presentes, e depois os comentários: quem veio, quem não veio, quem estava mais gorda, quem parecia mais velha, quem estava bem com aquela roupa... enfim, assunto para muitos dias.

Pois assim foi o meu aniversario este ano.

Desde o começo do ano eu dizia que não faria nenhuma comemoração.

Eu estava meio apavorada com o numero dos meus anos!
Essa é a tal da surpresa. Obrigada, querida, que Deus te pague por essa alegria.
Nos dias de hoje acontece uma coisa estranha: a juventude é tão supervalorizada, tão cultuada, as pessoas buscam desesperadamente tantos meios para parecerem mais jovens que a gente termina por incorporar a ideia de que envelhecer é uma coisa vergonhosa; assim sendo, comemorar o aniversario significa admitir que você está uma ano mais velha! E então quando é aquele ano crucial em que você muda de década, aí é o fim. O meu caso se encaixa justamente aqui. Deixar que todos saibam que eu tenho 70 anos? ( Como se as pessoas não soubessem fazer as contas)!...

No entanto, muitas discussões com as cunhadas que não admitiam deixar passar em branco essa data e a palavra final da minha filha terminaram por me convencer que afinal não é tão “ vergonhoso ” assim envelhecer e dia após dia, pensando, orando, meditando fui me convencendo de como seria bom reunir familiares, rever parentes e amigos que a gente demora a encontrar.


                                          
Meus filhos queridos. Falta o outro que está distante, mas falta só na foto, porque está no coração.
 Uma das coisas que pensei foi que é um contrassenso a gente querer viver muito e não querer envelhecer. Impossível não? E fiz um retrocesso da minha vida. Só encontrei bençãos, graças, alegrias, pessoas que me amam e a quem eu amo, sem que isso signifique que não tem havido também preocupações, tristezas, aflições, falhas, erros; seria irreal pois vivemos no mundo e nossa vida aqui é sujeita a essas coisas, mas se a gente computar com atenção os momentos bons eles são muito mais numerosos que os ruins.

Três gerações
Para isso é necessário ter consciência da presença de Deus em nós, constantemente, diariamente, vigilante, fazendo-nos “curtir” as coisas alegres e nos enchendo de força para viver as difíceis. Ele é um amigo querido, um pai carinhoso, cheio de atenções, e nos faz lembrar de que tudo o que de bom e belo conhecemos, nada se compara ao que Ele tem para nós. São Paulo diz em uma das suas epístolas que “olho humano nunca viu e ouvido humano não ouviu o que Deus tem reservado para os que o amam”.

O que dizer então? A minha festa foi linda, alegre, cheia do amor que eu sentia em cada pessoa que ali estava e fui presenteada com a presença do meu filho e da sua família que há tantos anos não passavam esta data conosco. Meu marido, filhos, netos, irmãos, cunhadas, sobrinhos, primos, amigos de tantos anos , amigos mais recentes, mas todos igualmente queridos que vieram me abraçar e festejar comigo. Infelizmente faltava ainda um dos filhos e sua família que moram em outro país, mas nada é perfeito. Faz parte da condição humana. Entretanto pelo telefone já havia recebido deles os votos de felicidades.

Uma das noras com a netinha
Parabens que chegavam de longe, da Italia, dos cunhados que também me amam, dos sobrinhos através do Facebook e finalmente a surpresa maior: a presença da minha irmã querida que mora na Belgica e que veio exclusivamente para estar presente a esta comemoração  se apresentando a mim durante a missa no momento de desejar a paz.

Nem podia imaginar que completar 70 anos poderia trazer-me tanta felicidade! Agora, como tudo na vida, o dia passou e realmente eu estou mais velha e mais feliz e no que depender de mim quero guardar no coração essa alegria, a esperança, celebrando a vida, me doando aos irmãos na medida do possível, procurando estender a mão àqueles que necessitarem do meu auxilio, a palavra amiga, o sorriso, a oração e segurando sempre na mão do meu Deus porque Ele é a minha “Estrela Azul” é “o meu pastor e com Ele nada me faltará”.


se os condôminos tivesse deixado iria até o raiar do sol

domingo, 7 de agosto de 2011

MUDANÇA DE VIDA

Todos os dias procuro lembrar-me de agradecer e louvar a Deus pela bondade e amor que tem para com os seus filhos, pelas oportunidades que lhes dá de reconhecer e apreciar os dons recebidos, pelos desafios que lhes coloca à frente para que se esforcem e consigam vence-los, sentindo assim a capacidade, a inteligência, a força , enfim, para que sempre tenham diante de si durante a passagem por este mundo, um motivo para seguir em frente, para se alegrar, para se rejubilar pelo que conseguem realizar.


Não deixo nunca de me encantar ao observar que nas diversas fases da minha vida, há uma mão que me guia quando tenho a impressão de perder o rumo, uma presença benéfica que docemente me conforta quando estou triste, alguém que pensa em mim com amor e me aponta uma luz quando parece que nada mais pode me interessar. Alguém que se alegra comigo nos meus momentos de felicidade e me faz companhia nos momentos de abatimento.

São inúmeras as situações em que consigo vislumbrar a possibilidade de uma novidade na vida seja através da perspectiva de uma viagem, da visita inesperada de uma pessoa querida, seja uma mudança de apartamento (já me aconteceu 3 vezes) enfim, sempre tenho uma meta a alcançar , uma coisa que me alegra, que me faz correr ao encontro dessa “novidade,” que me impulsiona para o alto fazendo-me sonhar, fazendo-me desejar caminhar e esquecer as tristezas ou dificuldades.

A novidade dessa vez é grande mesmo e realmente me encheu de forças, de alegria, de sonhos. Dos meus dois filhos que há já alguns anos moram na Italia com a família, um deles resolveu retornar definitivamente ao Brasil. Isso nos trouxe a mim e ao meu marido alem de muita alegria uma carga de ocupações e de responsabilidades a fim de ajudar a família a se estabelecer seja com trabalho, com moradia e com a assistência necessária que num momento como esse os filhos de qualquer família unida esperam dos pais.

Acontece que por força das circunstancias vão ficar conosco por algum tempo enquanto se estabelecem. A família tem duas crianças (7 e 4 anos) menino e menina, cheios de energia, de curiosidade, de amor para dar, de atrevimento, de barulho, de bagunça. E lá se foi o nosso silêncio, a casa limpa e organizada, o nosso repouso de meio dia, enfim, a nossa vidinha do dia a dia. Em compensação voltamos a uma fase há muito esquecida de vozes infantis, de choros e risadas, de TV a todo o volume com desenhos do Bob Esponja e Backyardigans, com computadores ocupados pelos jogos. E também de beijinhos sonolentos pela manhã e à noite, com cheiro de dentifrício, de abraços morninhos, de historias para contar e canções para cantar e muito, muito amor para dar e receber, sem contar com os pais deles (filho e nora) que têm trazido um sopro de juventude à nossa casa, a segurança de uma companhia, de ter com quem trocar idéias, de poder desfrutar de um “papo” agradável sem precisar sair de casa e a alegria de se sentir chamar todos os dias de papai e mamãe depois de tantos anos de ausência.

Certa vez li um livro cujo título era “Quem como Deus”? E faço minhas essas palavras, pois realmente só Ele com o seu carinho e ternura vem ao encontro dos seus filhos fazendo carinhos que só um pai amoroso e compreensivo sabe fazer.

domingo, 15 de maio de 2011

MENS SANA IN CORPORE SANO


com o instrutor, a secretária e o auxiliar

força que você consegue!
 Mesmo sem ter vocação para atleta sempre fui fã da teoria (comprovada) de que exercícios físicos ajudam o corpo a se fortificar, os músculos a se manterem ativos, o organismo a reagir melhor às doenças, apesar do avanço da idade, “esticando” um pouco mais a agilidade, a autonomia de movimentos, enfim, ajudando os jovens a terem uma vida produtiva com saúde e os menos jovens a terem uma velhice menos pesada.



já fui pior, pode crer

a gente melhora, com certeza
 Enquanto eu era jovem, o envolvimento com o trabalho, a educação dos filhos e mil outras atividades, complementadas por um pouco de preguiça, confesso, me impediam de começar uma atividade séria. Há alguns anos iniciei um programa de caminhadas que mantenho até hoje e que me tem rendido bons resultados. Mas eu não estava satisfeita. Queria mais! Até que um dia um ortopedista despertou-me para a prática da musculação. Despertou-me não, porque eu há muito pensava nisso, mas tenho de confessar que não tinha coragem de chegar numa academia, lugar que a minha mente imaginava cheio de jovens de corpos bonitos, “sarados”, levantando pesos, se exercitando em máquinas, exibindo uma juventude que eu não tinha mais. Até que um dia vi, num programa de televisão, pessoas idosas que treinavam seus músculos já cansados, para recobrar movimentos que se haviam tornado difíceis, joelhos que lhes impediam de caminhar bem, colunas que não queriam mais se dobrar, enfim, “dobradiças enferrujadas” que eles estavam tentando resgatar para que funcionassem por mais algum tempo e os resultados estavam aparecendo.


Foi o clic para que eu me decidisse a iniciar um programa de musculação para impedir que minhas “dobradiças” ainda funcionando discretamente, se desgastassem totalmente. Consegui convencer meu esposo a me acompanhar, porque na minha idéia, em dupla, enfrentaríamos melhor a “molecada” (não que ele tivesse esse tipo de preconceito, preciso dizer), mas o fato é que com ele eu me sentia mais segura.

E iniciamos. E a começar pelo instrutor, sério, capaz, atencioso, conhecedor do seu trabalho, sem preconceitos, que nos recebeu muito bem, até os jovens todos que frequentam a academia, descobri que tudo era uma invenção da minha própria mente talvez para não começar a me exercitar e descobri também que lá não há somente jovens mas também muitas pessoas mais “experientes” não exatamente “saradas” estão por lá suando a camisa.                                                                                                  
                                                     
                                          
                                                         E descobri mais: com a frequência à academia, não somente meu corpo, mas também minha mente tem se beneficiado, pois tenho feito amizades, tenho conhecido pessoas, inclusive muitos jovens com quem converso, com quem me relaciono com facilidade, pois é da minha natureza gostar de fazer novas amizades. Agradeço a Deus por me ter dado a palavra fácil, e mais uma vez chego à conclusão de que um “bom dia” dito com sinceridade, um sorriso, uma demonstração de interesse em saber o nome do outro, em saber da saúde, enfim, o básico das relações humanas sadias, faz com que as pessoas se aproximem umas das outras, se gostem, se respeitem não importa o lugar ou a idade que tenham. Carinho não tem idade, simpatia não tem idade, educação não tem idade.


E muitas vezes, já no final do meu horário, enquanto estou me exercitando na esteira, e de onde posso visualizar todo o salão, vejo todas aquelas pessoas jovens ou nem tanto, procurando melhorar seu organismo através do exercício físico, e aí peço a Deus por todas elas para que pensem também em fortalecer o espírito, para que busquem uma unidade com o Deus por quem foram criadas e para o qual devem voltar e procurem manter essa unidade no seu dia a dia.

A fé, a oração, a humildade, o perdão, a aceitação serena das peças que a vida nos prega, dos fracassos que muitas vezes nos alcançam e o entendimento de que as dificuldades podem ser vencidas se tivermos perseverança, podem ser comparados às maquinas que nos ajudam a fortalecer músculos e ossos nos capacitando a avançar nos exercícios, a erguer pesos maiores e obter harmonia para o nosso corpo.

Os “exercícios” do espírito desenvolvem em nós o equilíbrio interior que nos tornará seres humanos segundo a mente de Deus, pois somos seres indivisíveis e a mente e o corpo não são completos sem o espírito de forma que, mesmo convivendo com as lutas, as tristezas, as dificuldades, as quedas e recomeços próprios da humanidade, conseguiremos sempre manter elevada a cabeça numa demonstração de que o espírito está alerta, conduzindo a mente e o corpo, para que sejamos, realmente, “mente sã em corpo são” tendo Deus como nosso mestre e instrutor.