domingo, 4 de dezembro de 2011

Mais uma vez É NATAL!

Mais um Natal está chegando, mais um ano se foi e sempre aquela impressão de que “foi ontem” que estávamos cuidando de enfeitar a casa, de armar a arvore, e com cada pessoa que se conversa, sempre a mesma perplexidade de que chegou tão rápido outra vez!

Entretanto, é claro que o tempo é sempre aquele, nós é que somos a cada ano mais apressados, mais estressados e não temos tempo de viver com serenidade os dias que passam, de cultivar as nossas amizades, de “aplainar as veredas e endireitar os caminhos” como nos diz o profeta Isaias.

A cada final de ano até que tentamos fazer um retrospecto da nossa vida e analisar o que aconteceu que não deu certo, por que não deu certo e nos propomos de colocar o trem nos trilhos outra vez, mas basta colocarmos diante de nós as nossas promessas do ano passado para descobrirmos que nada mudou, que continuamos os mesmos, que continuamos arrastando as nossas falhas e defeitos como um cometa arrastando a sua longa cauda, só que a que arrastamos não é luminosa, aliás, é bastante escura e isso acrescenta mais um item à nossa já longa lista de frustrações.

O que será que nos falta? Por que deixamos que a vida nos encaminhe por um rumo que, muitas vezes não nos traz a tão sonhada felicidade? E o que é felicidade? Penso que muitas vezes nos desesperamos ao procurá-la e ficamos tão focados em encontrar uma coisa enorme, que não temos tempo de descobri-la nas pequenas coisas do nosso dia a dia, de perceber que muitas vezes ao invés de vir aos borbotões, ela nos vem em gotas.



O sofrimento, as frustrações, as dificuldades existem e são inerentes ao ser humano, eles são a herança da nossa humanidade decaída, é a profética frase do Senhor quando expulsou nossos primeiros pais do paraíso: “ganharás o pão com o suor do teu rosto".                                                                           

Quando iremos descobrir que necessitamos desesperadamente de um contato amoroso, confiante com o nosso Deus que está à nossa espera? Sem invadir a nossa intimidade, sem tolher a nossa liberdade, somente silenciosamente espera que nos acheguemos a Ele, que o procuremos com confiança. Ele que é o Senhor de tudo, do bem e do mal, da vida e da morte, que é o nosso Pai, do qual viemos e para onde retornaremos. Ele que neste periodo quer nos lembrar através de um bebê (que é ele próprio) de que tudo pode recomeçar, que se não sabemos como falar-lhe, podemos balbuciar justo como uma criança e Ele vai entender as nossas dores, as nossas aflições e sofrimentos, as nossas fraquezas e aflições e para tudo encontraremos forças se nos colocarmos confiantemente nos seus braços e nos deixarmos consolar neste abraço que é puro amor.

Que todos tenham um Natal verdadeiramente feliz, que as luzes que vemos não sejam somente a dos enfeites perecíveis mas que seja uma luz interior que nos cure, salve e liberte!