domingo, 15 de maio de 2011

MENS SANA IN CORPORE SANO


com o instrutor, a secretária e o auxiliar

força que você consegue!
 Mesmo sem ter vocação para atleta sempre fui fã da teoria (comprovada) de que exercícios físicos ajudam o corpo a se fortificar, os músculos a se manterem ativos, o organismo a reagir melhor às doenças, apesar do avanço da idade, “esticando” um pouco mais a agilidade, a autonomia de movimentos, enfim, ajudando os jovens a terem uma vida produtiva com saúde e os menos jovens a terem uma velhice menos pesada.



já fui pior, pode crer

a gente melhora, com certeza
 Enquanto eu era jovem, o envolvimento com o trabalho, a educação dos filhos e mil outras atividades, complementadas por um pouco de preguiça, confesso, me impediam de começar uma atividade séria. Há alguns anos iniciei um programa de caminhadas que mantenho até hoje e que me tem rendido bons resultados. Mas eu não estava satisfeita. Queria mais! Até que um dia um ortopedista despertou-me para a prática da musculação. Despertou-me não, porque eu há muito pensava nisso, mas tenho de confessar que não tinha coragem de chegar numa academia, lugar que a minha mente imaginava cheio de jovens de corpos bonitos, “sarados”, levantando pesos, se exercitando em máquinas, exibindo uma juventude que eu não tinha mais. Até que um dia vi, num programa de televisão, pessoas idosas que treinavam seus músculos já cansados, para recobrar movimentos que se haviam tornado difíceis, joelhos que lhes impediam de caminhar bem, colunas que não queriam mais se dobrar, enfim, “dobradiças enferrujadas” que eles estavam tentando resgatar para que funcionassem por mais algum tempo e os resultados estavam aparecendo.


Foi o clic para que eu me decidisse a iniciar um programa de musculação para impedir que minhas “dobradiças” ainda funcionando discretamente, se desgastassem totalmente. Consegui convencer meu esposo a me acompanhar, porque na minha idéia, em dupla, enfrentaríamos melhor a “molecada” (não que ele tivesse esse tipo de preconceito, preciso dizer), mas o fato é que com ele eu me sentia mais segura.

E iniciamos. E a começar pelo instrutor, sério, capaz, atencioso, conhecedor do seu trabalho, sem preconceitos, que nos recebeu muito bem, até os jovens todos que frequentam a academia, descobri que tudo era uma invenção da minha própria mente talvez para não começar a me exercitar e descobri também que lá não há somente jovens mas também muitas pessoas mais “experientes” não exatamente “saradas” estão por lá suando a camisa.                                                                                                  
                                                     
                                          
                                                         E descobri mais: com a frequência à academia, não somente meu corpo, mas também minha mente tem se beneficiado, pois tenho feito amizades, tenho conhecido pessoas, inclusive muitos jovens com quem converso, com quem me relaciono com facilidade, pois é da minha natureza gostar de fazer novas amizades. Agradeço a Deus por me ter dado a palavra fácil, e mais uma vez chego à conclusão de que um “bom dia” dito com sinceridade, um sorriso, uma demonstração de interesse em saber o nome do outro, em saber da saúde, enfim, o básico das relações humanas sadias, faz com que as pessoas se aproximem umas das outras, se gostem, se respeitem não importa o lugar ou a idade que tenham. Carinho não tem idade, simpatia não tem idade, educação não tem idade.


E muitas vezes, já no final do meu horário, enquanto estou me exercitando na esteira, e de onde posso visualizar todo o salão, vejo todas aquelas pessoas jovens ou nem tanto, procurando melhorar seu organismo através do exercício físico, e aí peço a Deus por todas elas para que pensem também em fortalecer o espírito, para que busquem uma unidade com o Deus por quem foram criadas e para o qual devem voltar e procurem manter essa unidade no seu dia a dia.

A fé, a oração, a humildade, o perdão, a aceitação serena das peças que a vida nos prega, dos fracassos que muitas vezes nos alcançam e o entendimento de que as dificuldades podem ser vencidas se tivermos perseverança, podem ser comparados às maquinas que nos ajudam a fortalecer músculos e ossos nos capacitando a avançar nos exercícios, a erguer pesos maiores e obter harmonia para o nosso corpo.

Os “exercícios” do espírito desenvolvem em nós o equilíbrio interior que nos tornará seres humanos segundo a mente de Deus, pois somos seres indivisíveis e a mente e o corpo não são completos sem o espírito de forma que, mesmo convivendo com as lutas, as tristezas, as dificuldades, as quedas e recomeços próprios da humanidade, conseguiremos sempre manter elevada a cabeça numa demonstração de que o espírito está alerta, conduzindo a mente e o corpo, para que sejamos, realmente, “mente sã em corpo são” tendo Deus como nosso mestre e instrutor.